Terça-feira, 10 de janeiro de 2017, atualizada às 16h57

Casos e mortes suspeitas de febre amarela são investigadas em Minas Gerais

Da redação

Casos e mortes suspeitas de febre amarela nas Unidades Regionais de Saúde de Coronel Fabriciano, Manhumirim e Teófilo Otoni chamam a atenção da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Os municípios fizeram a notificação ao Estado no último dia 2 de janeiro. Segundo informações atualizadas da SES, 23 casos foram registrados, sendo 16 prováveis e 7 em investigação. Dentre os 23 casos, 14 evoluíram para o óbito. Na Unidade de Juiz de Fora, de 2007 a 2016 houve quatro casos suspeitos, mas todos foram descartados.

Nesta última segunda-feira, 9 de janeiro, o Ministério da Saúde disponibilizou duas equipes para apoiar o estado de Minas Gerais e municípios na investigação de casos suspeitos da doença. A Secretaria de Estado destaca que considerando as características clínicas, evolução rápida dos casos, além do surgimento de notificações de epizootias (morte) em primatas, a suspeita principal foi de febre amarela e seus diagnósticos diferenciais.

Na segunda, 9, a Unidade Regional de Saúde de Governador Valadares notificou a ocorrência de epizootia em um município de sua jurisdição, ampliando a área sob suspeita. Desde a notificação, o Estado tem desencadeado as ações preconizadas para vigilância e assistência dos casos suspeitos, incluindo a disponibilização de equipes para apoio técnico aos municípios.

fotoFonte: SES-MG

Os municípios com casos sob investigação da doença - Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema e Inhapim, já fazem parte da área de recomendação para vacinação, assim como todo o estado de Minas Gerais. Por isso, mesmo sem casos suspeitos em Juiz de Fora, a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Michele Freitas, orienta que as pessoas que não tenham tomados as duas doses da vacina, procurem a unidades de saúde mais próxima e faça a segunda aplicação de reforço.

“O ideal é levar o cartão até o posto, onde será avaliado a necessidade de nova vacinação. Se a pessoa não lembrar se já tomou, é bom que seja imunizada. A medida deve ser tomada, principalmente, por aqueles que vão viajar para regiões de mata e rurais próximas as cidades com casos suspeitos. Durante o passeio a orientação é que o turista use camisa de manga, calça comprida e repelente”, explica.

A chefe do departamento destaca que o mosquito que transmite a febre amarela nas áreas silvestres é diferente na região urbana. “Quando a doença chega na cidade, seu vetor se torna o aedes aegypti, o mesmo da dengue, Zika e chikungunya. Por este motivo, os cuidados nas casas devem ser os mesmos”.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Reveste-se da maior importância epidemiológica por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas por Aedes aegypti.

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