Pneumologista orienta sobre doenças de Inverno
Dias mais frios e secos são comuns na estação do Inverno, perfeito para ficar debaixo das cobertas, com chocolate quente, assistindo filmes e séries no Netflix. Mas, além das vantagens, as características do tempo neste período podem desencadear gripes, resfriados e descontrolar doenças alérgicas respiratórias como a bronquite, asma, rinite, sinusite e otiti. A pneumologista infantil, Heloísa Baraki, destaca que a incidência destas viroses que evoluem para descontroles alérgicos é grande. “Os sintomas são tosse com secreção – sinusite, coriza e sintomas respiratórios – rinite, e que, às vezes, evoluem para uma febre”.
Para minimizar os sintomas, que ganham destaque nesta época para quem já tem crises crônicas, é preciso fazer uso de medicação contínua. “O indicado para pessoas que já possuem problemas alérgicos recorrentes, é procurar um profissional, e caso necessário, fazer o uso de remédio para reduzir os sintomas e evitar complicações. Crianças com asma podem usar um corticoide inalatório ou rinite, com prescrição de spray nasal”, orienta a médica.
A pneumologista diz que outros cuidados rotineiros também podem ajudar a reduzir a proliferação destes resfriados mais brandos e gripes, como lavar bem as mãos quando tiver contato com pessoas resfriadas, proteger a boca e nariz na hora de espirrar, manter a casa arejada, bem limpa e evitar lugares fechados e aglomerações.
Para tratamento, além das medicações receitadas por especialista, Heloísa indica como primordial a hidratação. “Neste período mais seco é muito importante hidratar, principalmente, quem tem alergia. Umidificar o ambiente e as narinas com soro fisiológico também ajuda muito”.
Gripe
A pneumologista alerta que os sintomas iniciais da gripe são muito parecidos com as reações desencadeadas pelas doenças alérgicas respiratórias, mas é importante frisar que a alergia não causa febres altas, dor no corpo e mal estar. “Quando o paciente começar a sentir estes sintomas, o indicado é procurar um médico para uma avaliação, pois pode desencadear um quadro mais sério, como uma pneumonia e insuficiência respiratória”.
Para reduzir a incidência de casos, Juiz de Fora está em campanha de Vacinação contra a Gripe desde o início do mês. A dose ofertada é a trivalente, e protege contra os três subtipos do influenza: A (H1N1); A (H3N2); e influenza B. “Hoje (sexta-feira), tive acesso aos dados da vacinação na cidade e me assustou um pouco, por estarmos aquém da meta. Esperava uma adesão maior, nem dos grupos de risco estamos conseguindo avançar. Isso nos desperta para uma alerta junto à população”, enfatiza. Até quinta-feira, 4 de maio, apenas 26% do total de público prioritário tinha sido vacinado na cidade, conforme dados da Secretária de Saúde.
O principal receio da médica são os casos de H1N1, influenza mais agressiva que progride rápido. “Crianças e idosos são os grupos com mais suscetividade de ter complicações, pela própria imunidade mais frágil. Este ano não tenho notícias de casos mais graves, mas em 2016 vi crianças que precisaram passar para respirador, que poderia ter evitado se tivesse sido imunizada”, alerta.
Ela complementa que muitas pessoas não vacinam, porque acham que vão ficar doentes. “Algumas delas não apresentam reação, enquanto outras podem ter febre ou gripe infinitamente mais branda depois da vacinação, pois a dose é o vírus atenuado para desencadear resposta de proteção do organismo”.
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