Fator de Risco x Fator de Prote??o

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Fator de Risco x Fator de Prote??o
Ana Stuart 7/11/2012

Fator de Risco x Fator de Proteção

Este são os fatores que nos acompanham ao longo de nossas vidas.

Seligman, pai da Psicologia Positiva, movimento recente dentro da ciência Psicológica, nos diz que não são os fatos que importam, mas o significado que damos a estes fatos.

Por exemplo, se uma mãe descobre que seu filho está usando drogas e começa a agir como uma codependente, não conversa aberta e assertivamente sobre o assunto, mas vigia e tenta controlar, sem buscar ajuda, ela estará agindo com o Fator de Risco. Pois, sem saber, estará reforçando o comportamento deste filho, incentivando-o desta forma a burlar seu comando.

Ao passo que se esta mesma mãe é assertiva, conversa francamente, sem gritos ou vigilâncias, fazendo com que seu filho sofra consequências de seus próprios atos e paralelo a esta atitude busca ajuda envolvendo a família, estarão todos tomando consciência de que estão adoecidos e que este filho é o "alerta" de que algo está errado.

Ou percebendo que ele pode estar na fase da experimentação, e "quer ver" o porquê de sua necessidade do uso, aí sim, esta mãe estará utilizando o Fator de Proteção.

E assim funciona com toda e qualquer situação de perigo em nossas vidas.

Seja nas dependências em geral, tanto a emocional quanto a de uso abusivo de qualquer substância.

Portanto, se há uma pessoa adoecida na família é muito importante observar se não estamos agindo com fatores de risco, ao invés de agirmos com Fatores de Proteção.

Existem muitas pessoas que agem com Fatores de Risco equivocadamente, protegendo quando deveria estar corajosamente ajudando o outro a tomar consciência, sendo assertivo, não entrando na armadilha da autopiedade e outros comportamentos típicos da codependência .

Fator de Proteção não é proteger, mas sim, enfrentar e ajudar o outro a crescer colocando limites para o outro e para sí mesmo.

Devemos entender que todo e qualquer relacionamento não é apenas para preencher nosso vazio e inflar o nosso ego, mas sim, para nosso crescimento.

Requer muito esforço, disciplina e coragem!


Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar.