G?s Natural

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G?s Natural em JF

N?mero de empresas contratantes aumenta
at? julho deste ano

Ana Maria Reis
23/02/2001

Empresas de Juiz de Fora j? fazem uso de g?s natural. Nove empresas do Distrito Industrial I beneficiam-se da energia alternativa, mas at? julho de 2001, a extens?o do gasoduto em 18 km ir? aumentar este n?mero para 26 empresas e o consumo de g?s para 1 milh?o e 300 mil metros c?bicos metros c?bicos ao m?s.

Extens?o do gasoduto beneficiar? o centro da cidade
O n?mero de empresas beneficiadas com a distribui??o do g?s natural na cidade deve aumentar at? julho. A afirma??o ? do assistente em tecnologia do g?s natural do Senai/Fiemg e integrante do GI do Aumento da Utiliza??o do G?s Natural em Matriz Energ?tica, Disnei Carnier. Com a extens?o do gasoduto em 18 Km, o n?mero de empresas atendidas ir? aumentar de 9 para 26. "No momento, apenas o Distrito Industrial I, na regi?o noroeste, est? sendo beneficiado, mas at? o meio do ano, o volume de g?s comercializado em Juiz de Fora ser? de 310 mil metros c?bicos/dia, equivalente ao consumo mensal de 1 milh?o e 300 mil metros c?bicos metros c?bicos", avalia Disnei Carnier.

De acordo com o assessor do Plano Estrat?gico de Juiz de Fora, Eduardo Figueiredo Salazar, a expans?o do gasoduto que atende o Distrito Industrial I, atender? empresas em bairros mais centrais, como o Milho Branco e Mariano Proc?pio, e a avenida dos Andradas, entre elas, a Companhia T?xtil Ferreira Guimar?es que ir? consumir cerca de 60% da capacidade desta extens?o.

Em Juiz de Fora, a maior consumidora de g?s natural ? a ind?stria Belgo Mineira, com 3 milh?es de metros c?bicos/m?s, seguido da a antiga Paraibuna de Pap?is, atual Pap?is Sudeste, com 1 milh?o e 700 mil metros c?bicos/m?s e Mercedez Benz, com 1 milh?o e 681 metros c?bicos mensais.

Rede que leva g?s ? Minas tem capacidade para
operar 3 milh?es de metros c?bicos/dia

O g?s natural associado que ? comercializado em Juiz de Fora ? processado na bacia de Campos (Petrobr?s/RJ) e bombeado at? Minas, atrav?s de uma rede que liga Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Chegando ao estado mineiro, a comercializa??o e a coordena??o dos projetos de engenharia ficam a cargo da Gasmig (Companhia Mineira de G?s), empresa respons?vel pelos servi?os de distribui??o de g?s canalizado no estado.

A rede RJ-BH possui uma capacidade m?xima de bombeamento de at? 3 milh?es de metros c?bicos/dia, mas, atualmente, opera com o volume di?rio de 800 mil metros c?bicos, comercializados atrav?s da transfer?ncia de cust?dia cedida ? Gasmig. De acordo com os relat?rios do Grupo de Impuls?o do Aumento da Utiliza??o do G?s Natural em Matriz Energ?tica, do Plano Estrat?gico da cidade, em Juiz de Fora, o consumo di?rio do g?s natural est? em torno de 260 mil metros c?bicos, distribu?do entre 9 empresas.

Em Minas a transfer?ncia do g?s natural realizado pela Gasmig atende, al?m de Juiz de Fora, as cidade de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Vespasiano, S?o Jos? da Lapa, Santa Luzia e Ibirit?. Para que esta transfer?ncia se realize, ? preciso estar operando uma ERPM (Esta??o de Redu??o da Press?o e Medi??o), aos moldes do chamado "citygate" de Chap?u D'Uvas, de onde o g?s ? distribu?do entre as empresas contratantes em Juiz de Fora.

Transformando o g?s natural em matriz energ?tica
Em Juiz de Fora, quem negocia a transforma??o do g?s natural em matriz energ?tica ? o Grupo de Impuls?o (GI) do Aumento da Utiliza??o do G?s Natural em Matriz Energ?tica ligado ao Conselho Diretor do Plano Estrat?gico de Desenvolvimento Urbano de Juiz de Fora (Plano JF).

No Brasil, o g?s natural representa hoje apenas 3% da matriz energ?tica. "Com a expans?o das redes de distribui??o de g?s, investimentos em tecnologia e projetos de importa??o como o gasoduto Brasil/Bol?via, o objetivo ? alcan?ar o ?ndice de 10% at? 2012", analisa o assistente em tecnologia do GN, em Juiz de Fora, Disnei Carnier.

Em pa?ses da Am?rica do Norte e Europa o g?s natural j? tem uma participa??o significativa como fonte de energia - Estados Unidos (25%), Canad? (22%), Europa Oriental (24%) e Europa Ocidental (15%).

Por que o GN ? considerado um combust?vel ecol?gico?
A exemplo do petr?leo, o g?s natural (GN) ? o resultado da transforma??o de f?sseis de antigos animais e plantas. ? composto basicamente por metano (87,59%) ? uma mel?cula feita de um ?tomo de carbono e quatro ?tomos de hidrog?nio. Quando o metano ? completamente queimado, os principais produtos da combust?o s?o di?xido de carbono e vapor de ?gua.

O GN ? uma fonte de energia totalmente natural, sendo o territ?rio brasileiro, em especial a regi?o litor?nea, rico do combust?vel. De acordo com Disnei Carnier, apesar de abundante, existem projetos de criar uma malha nacional ligando os principais gasodutos do pa?s (o eixo sudeste e o nordeste) com as redes da Bol?via e da Argentina, garantindo, assim, o abastecimento do g?s natural.

Retirado da terra atrav?s de perfura?es, antes de ser distribu?do por gasodutos, o g?s natural passa por uma unidade industrial denominada Unidade de Processamento, na qual s?o retirados impurezas como ?gua, outros gases e areia, al?m de componentes condens?veis e mais pesados, como a gasolina natural e o g?s liquefeito de petr?leo (GLP ou "g?s de cozinha").

Por que o empenho em tornar o GN em matriz energ?tica?
Ao substituir outros combust?veis pelo g?s natural a empresa reduz custos com estocagem, pr?mio de seguros, pr?-aquecimento, manuten??o de equipamentos e outros. Se a troca for em rela??o ao GLP ? G?s Liquefeito de Petr?leo ? h? ainda vantagem do pre?o, sendo o g?s natural mais barato.

  • O g?s ? canalizado: ao substituir o ?leo ou lenha pelo GN, a empresa deixa de se preocupar com o transporte e estocagem de combust?vel
  • A medi??o ? rigorosa e cont?nua: as especifica?es f?sico-qu?micas do g?s s?o determinadas em contrato e qualquer varia??o, mesmo que impercept?vel no consumo, ? compensada na conta. A empresa paga pela energia ( quilocaloria ) efetivamente consumida, n?o havendo desperd?cio ou quebra de estoque.
  • Combust?o mais eficiente: proporciona o aproveitamento quase total da energia pelo equipamento, significando economia e limpeza , pois os gases gerados na combust?o dispensam qualquer tratamento ou lavagem antes de serem lan?ados na atmosfera.
  • Facilidade na partida: fornos e caldeiras entram rapidamente em regime est?vel de opera??o - sem necessidade de limpeza e pr?-aquecimento - como menor custo t?rmico, pois sua regulagem e resposta aos sinais de opera??o s?o r?pidas.
  • Durabilidade: sendo isento de enxofre o GN n?o corr?i as estruturas met?licas e refrat?rias dos equipamentos t?rmicos e, por ser g?s, n?o gera incrusta?es, fuligem ou gotejamento, possibilitando maior durabilidade e menos manuten??o ao equipamento.