Ana Staurt Ana Staurt 7/5/2010

Medo

ilustração de um pessoa no canto, demnstrando medo de alguma coisaA agorafobia é o medo intenso, sem o perigo real, vindo acompanhado da grande necessidade de fugir.

Mas fugir de quê? De si mesmo?

São sensações aparentemente infundadas, digo infundadas na aparência, mas na verdade a causa real encontra-se encoberta e trancafiada em nosso inconsciente.

Como pode o nosso inconsciente transformar nossos medos em sintomas físicos como sensações de desmaio, perda do controle, confusão de ideias, chegando até a asfixia, sem falar do aceleramento cardíaco que leva ao medo do infarto.

E são crises que começam de repente.

É a famosa crise de pânico.

Como aprende-se a fugir e a evitar ficar diante de situações que nos remetem ao medo, vamos nos isolando cada vez mais das situações que nos causam medo.

E como recuperar nossa autonomia e independência emocional se não for enfrentando?

Muitas pessoas acham que se enfrentar não vão aguentar, outras enfrentam gradativamente.

Vamos falar de alguns medos: o medo de sair de casa e perder a segurança, tendo que voltar para conferir várias vezes se desligamos as tomadas ou se trancamos a porta, são rituais repetitivos conhecidos como TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

O TOC tem várias facetas, normalmente as compulsões por compra, a mania de limpeza, o comer compulsivo, o fumar, o cafezinho naquele horário e se algum destes hábitos nos fizer mal, será impossível para nosso consciente mudar o "ritual".

Atualmente os TOCs de maior evidência têm sido a mania de internet, do celular, da insistência do amor não correspondido, de estudar compulsivamente pelo medo de atuar.

Os pais por medo de liberar seus filhos neste mundo cada vez mais agressivo, estimulam algumas destas manias sem perceberem que com isto estão impedindo o enfrentamento, super protegendo e estimulando "os medos" pela vida afora.

Medo de falar da morte é o pior deles, pois atrás e diretamente ligado está o medo da perda.

Indivíduos fragilizados emocionalmente não suportam suas "perdas", e não conseguem tomar decisões ou as tomam indevidamente, perdendo com isso o amor próprio.

Para encerrar vamos lembrar e meditar em torno da música que dizia: "O medo correndo nas veias deixou tanta vida para trás..."



Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar