Ana Stuart Ana Stuart 30/12/2010

Frustração

Foto de pessoa tristeComo lidar com a frustração? Este é um tema muito polêmico e com várias nuances.

Quando é chegado o final de ano, todos nos perguntamos quais foram nossas conquistas no ano em que passou, quais as metas que não alcançamos e qual foi o nosso projeto pessoal, que tanto lutamos por ele e, no final das contas, nos frustramos.

Vamos tentar entender em que ponto nos autossabotamos, para ter chegado ao ponto de nos vermos frustrados e decepcionados com nós mesmos.

Um exemplo típico é quando não alcançamos a satisfação pessoal na área afetiva. É preciso avaliar se nossa carência afetiva nos impede de sermos mais vivos, alegres e atraentes. Nos boicotamos quando queremos muito a atenção e o amor do outro, mas quando estamos prestes a conseguir, damos um jeito de afastá-lo, inventando desculpas infundadas.

Outro exemplo típico do autoboicote é quando somos mimados pelos mais próximos e não suportamos rejeição de espécie alguma. Acabamos nos tornando pessoas que só reclamam, negativas e desconfiadas. Sempre esperando que os outros satisfaçam os nossos desejos. Mas quando isso não acontece, entramos em um processo de autopiedade, sem perceber que somos os únicos responsáveis pela nossa infelicidade.

Existem casos de pessoas que são criadas como prisioneiros e vítimas da possessividade dos mais próximos. Certamente essas pessoas, quando se sentirem livres para pensar e agir livremente, certamente não aceitarão se sentir frustradas nas relações. Estarão sempre com medo da possessão alheia sobre elas.

Outro caso comum de frustração é o que vem ocorrendo com as pessoas da melhor idade, que passam a necessitar de cuidadores e se veem frustrados em seus hábitos e manias.

É muito comum que os homoafetivos ao se sentirem frustrados socialmente, reivindiquem seus direitos de forma tão veemente, pois já se sentem estigmatizados pela própria família, assim como todos aqueles que se sentem excluídos socialmente.

Para finalizar é importante que, antes de traçarmos metas para 2011, possamos primeiro observar se estamos prontos para enfrentar as frustrações, aprender com elas, e principalmente nos permitir reprogramar nossos hábitos para alcançar as metas desejadas!


Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar