Clientes juiz-foranos reclamam de serviços prestados pela SIM

Desta vez, o problema é relacionado ao corte de canais oferecidos em pacotes da antiga administradora da companhia

Andréa Moreira
Repórter
23/8/2012
TV

Clientes da empresa SIM, que oferece serviços de TV por assinatura, internet banda larga e telefonia, voltam a reclamar dos serviços prestados pela empresa em Juiz de Fora. Desta vez, os usuários reclamam que estão sofrendo cortes de canais e que também estão sendo forçados a migrar para outros planos.

Uma das pessoas prejudicadas é a manicure Emannuella Calazans. Cliente da empresa há dois anos, Emannuella afirma que desde o final de 2011 os canais do pacote que ela assinou vêm sendo retirado aos poucos. "Sou assinante do pacote Advanced, que me dá direito a todos os canais. Mas desde o final do ano passado me tiraram cinco canais. Agora, já são mais de dez canais que sumiram do meu plano. E o pior, é que são os canais mais assistidos pela minha família, de seriados, filmes e desenhos."

Emannuella reclama também sobre o serviço de call center da empresa. "Já tentei falar na SIM por várias e várias vezes. Mas fico muito tempo no telefone e não consigo ser atendida. Além disso, fiquei sabendo por alto, que está havendo uma migração do sistema analógico para o digital, por isso os canais estão sumindo. Fiz uma simulação no site da empresa e vi que para ter direito a todos os canais, minha fatura iria aumentar R$ 10. Nem me importo em pagar esse valor a mais, porém acho um desrespeito eles mudarem um sistema, tirarem os canais que eu tinha direito, pelo plano que eu assinei e sequer entrar em contato com os clientes."

Já a gerente de Pessoal, Aline Duarte, destaca que foi obrigada a migrar para outro plano, para continuar assistindo os canais que tinha direito. "Meus canais começaram a sumir aos poucos. Então depois de uma hora consegui falar com o serviço de atendimento ao cliente. Eles me informaram que eu teria que assinar um novo plano para continuar assistindo os canais que eu havia comprado antes. Então, depois de mais uma hora e meia de conversa, não aguentei mais e resolvi contratar o novo pacote, pois foram justamente os melhores canais que sumiram", afirma.

A empresa

De acordo com o diretor de marketing e produtos da SIM, Marcelo D'Antoni, a empresa não oferece mais os pacotes que eram disponibilizados pela NET, antiga administradora da companhia. "Depois que adquirimos a empresa fizemos algumas reestruturações e estamos lutando para oferecer os melhores serviços para os nossos clientes. Há mais ou menos seis meses, disponibilizamos para todos os nossos clientes todos os canais da SIM, para que eles tivessem a oportunidade de conhecer. Então, as pessoas estão achando que estamos tirando os canais, mas na verdade os pacotes antigos não existem mais. E o nosso objetivo foi mostrar para os consumidores todas as opções que eles possuem", diz.

Sobre o atraso no atendimento aos clientes, D'Antoni afirma que desconhece esse problema. "Sabemos que atrasos enormes em atender os clientes aconteciam antes de assumirmos a direção da empresa. Mas atualmente não temos em nossos cadastros, reclamações dos clientes sobre a demora no atendimento. Vamos verificar. Caso constatemos isso, iremos tomar as devidas providências."

Procon

De acordo com o superintendente da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Carlos Alberto Gasparette, não existe nenhuma reclamação específica sobre este assunto. "Atualmente estamos com 36 reclamações contra a empresa SIM, mas nenhuma que fale exatamente sobre a suspensão de canais ou de forçar o cliente a mudar de pacote. Pode ser que esse problema esteja implícito dentro de alguma outra reclamação."

O superintendente do Procon afirmou ainda que a empresa está empenhada em resolver os problemas em Juiz de Fora. "No mês passado fizemos uma coletiva para solucionar vários problemas e o que podemos observar é que a empresa está apresentando soluções para os clientes que compareceram na audiência. Das mais de 20 pessoas que compareceram na audiência, somente um cliente não quis entrar em acordo e processou a empresa judicialmente."

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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