Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016, atualizada às 16h26

Juiz de Fora tem 796 casos de possíveis doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

Lucas Soares
Repórter

Na tarde desta quarta-feira, 3 de fevereiro, o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, anunciou que a cidade soma 796 casos de doenças possivelmente transmitidas pelo Aedes Aegypti. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, que também contou com a participação do novo secretário de saúde, Alex Ribeiro, o sub-secretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida e a chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica, Michele de Freitas.

Segundo o prefeito, uma notícia vinculada ontem nos Estados Unidos ligou o alerta da Prefeitura sobre o risco de transmissão do zika vírus por relação sexual. "Nós queremos alertar todos os foliões que estiverem aqui para o Carnaval que existe essa possibilidade da zika ser transmitida desta forma. Não temos prazo para fazer uma campanha publicitária em relação a isso, então pedimos a colaboração para que isso seja divulgado. Nós vamos fazer a campanha das DSTs e vamos ter uma preocupação ainda maior em função dessa possibilidade", explicou Bruno.

Além disso, o chefe do Executivo explica que todos os 796 casos registrados na cidade não são, necessariamente, de dengue. "Parte pode ser dengue, pode ser zika e chikungunya. A Secretaria de Estado de Saúde já mudou a forma como alimentávamos a base de dados. Então, agora, são tratados como casos prováveis, por não se ter certeza. Esse ano o número está muito maior. Não vai ter comparação com o ano passado, porque agora são prováveis. Pelo que estamos verificando, grande parte desses casos podem ser zika ou chikungunya, e não dengue", confirma.

Segundo caso de zika vírus é confirmado na cidade

O prefeito anunciou que mais uma gestante teve um caso de zika confirmado na cidade. Ela tem 33 anos e está com 14 semanas de gestação. "Ela contraiu a zika aqui em Juiz de Fora, é uma moradora da região leste. A informação que temos é que ela está em casa, passa bem, mas vamos acompanhar a gestação", diz.

No entanto, Bruno revela que nem todas as pessoas com sintomas semelhantes ao da zika são testadas para a doença. "Fica difícil fazer o diagnóstico da zika. Quando é um caso em uma gestante, se faz um aprofundamento. Os sintomas, o teste e o tratamento da zika e da dengue são muito parecidos. Por isso mudamos a terminologia, para casos prováveis de dengue. Temos praticamente certeza que grande parte desses casos que são tratados como prováveis são zika e não dengue", garante.

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