Dragon Ball Xenoverse 2 supera antecessor e agrada jogadores

Lucas SoaresLucas Soares
31/10/2016

Fazer um jogo do anime Dragon Ball é uma tarefa complicada por ser difícil inovar na história, afinal, a saga de Goku e companhia é conhecida desde o fim dos anos 90. Qualquer coisa que fuja do que aconteceu originalmente deixaria os fãs revoltados. Então, a surpresa de público e crítica foi grande quando a BANDAI lançou, em 2015, Dragon Ball Xenoverse, um título que chegou agradando aos fãs por inovar justamente neste ponto.

Sou fã declarado, daqueles que viu todo o conteúdo ao longo da adolescência. Então, Dragon Ball Xenoverse 2, foi um verdadeiro desafio pra mim: o primeiro jogo em que sentimentos estariam lado-a-lado com o trabalho como colunista. E, ao fim de alguns dias de intensa jogatina e exploração, já posso dizer que, pra mim, valeu muito a pena.

No título, você está em Conton City, uma versão evoluída de Toki Toki, a cidade do primeiro jogo. Sua função continua sendo impedir distorções na história, feitas pelos vilões Towa e Mira, ambos já apresentados no primeiro jogo. Caso você ainda tenha o save de DBX1, rola de importar seu herói, itens e equipamentos, além de deixar uma estátua dele no meio da cidade, já que foi quem salvou o universo no último título.

Ao iniciar o game, você vai criar seu personagem deste jogo, escolhendo entre as cinco classes disponíveis: saiyajin, terráqueo, freeza, majin e namekusei. Aqui, são poucas as opções de personalização no rosto e cabelo, talvez para manter o idealismo do anime, mas para quem pretende "se fazer" no jogo, não vai encontrar muitas alternativas.

A produção de DBX2 foi perspicaz ao manter os pontos que chamaram atenção no primeiro jogo: boa e fácil jogabilidade, história, muitos itens para evolução do herói, muitos personagens jogáveis e etc. Ainda foram adicionados elementos extras, como transformações a mais para as classes disponíveis, novos personagens, uma cidade sete vezes maior e missões adicionais.

Negativamente, DBX2 se destaca por uma fraca trilha sonora e dublagem/tradução. A dublagem do título foi feita em inglês e japonês, mas ambas as opções são ruins, sem sincronia com o movimento da boca. A tradução apresenta erros grotescos em alguns pontos, como o vilão Cell ser chamado de Célula (?!), e outras bizarrices, como frases de NPCs em espanhol. As músicas que acompanham a saga do heroí são repetitivas e enjoativas.

Não percebi nenhuma alteração na parte gráfica em relação ao primeiro DBX. Até mesmo por se tratar de um anime, seria algo difícil de ser alterado. A jogabilidade, que faz sucesso, é a mesma desde Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses, lançado para PS3 e XBOX360, em 2013.

Pra quem gosta de jogar online, Dragon Ball Xenoverse 2 também proporciona uma boa experiência. Continua sendo bastante fácil e rápido o processo de encontrar salas para fazer missões paralelas e as novíssimas missões especializadas em co-op. O modo versus também ganhou um destaque, com o batalhas sem fim. Com tanto conteúdo, uma jogabilidade intituitiva, é fácil ficar preso ao game por horas. A nostalgia agradece.

Dragon Ball Xenoverse 2 está disponível para PS4/Xbox One por R$ 249,99 e para PC, via Steam, por R$ 159,90. A versão Deluxe, com todo o conteúdo extra que ainda será lançado, sai por R$ 349,99 e R$ 259,90, respectivamente.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.


Outros destaques

1 - Novembro será mais um mês com grandes lançamentos, como Call of Duty: Infinite Warfare, Watch_Dogs 2Dishonored 2 Final Fantasy XV. Natal e Black Friday devem arrancar uma boa grana dos gamers.

2 - Lá no Jornada Geek, onde também escrevo sobre games, publiquei uma crítica sobre o Mafia III e Battlefield 1. Fiquem a vontade para ler!

Lucas Soares
Natural de Juiz de Fora, pós-graduado em Jornalismo Multiplataforma na UFJF e repórter no Portal ACESSA.com. É apaixonado por games, séries e futebol. Foi colunista esportivo na ACESSA.com por quase três anos e editor-chefe do blog Flamengo em Foco por dois anos e sete meses.
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