Terça-feira, 16 de maio de 2017, atualizada às 18h24

Saiba como se proteger de ciberataques

Da redação

O ataque cibernético mundial registrado no último final de semana, chamou a atenção de todos para os cuidados com o uso da internet. Mesmo que a ação dos hackers tenha sido voltada para as grandes empresas, usuários comuns também precisam ficar atentos para não permitirem que um vírus do tipo 'ransomware' - que utiliza uma vulnerabilidade detectada nos sistemas operacionais do Windows da Microsoft, acessem os dados de computadores domésticos ou de pequenas empresas

Conforme Eduardo Barrére, doutor em engenharia de sistemas e computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no caso do atual ataque, o alvo principal foram empresas e instituições públicas que teriam dados sigilosos e poderiam pagar pelo seu resgate. “Mas, as pessoas físicas podem ser atingidas. O vírus ataca falhas do sistema operacional, ou seja, quem tem variações do Windows na máquina e não atualizou o sistema com a versão lançada na última semana, está passível de ser atingido”, explica. Barrére diz ainda que no caso de celulares o perigo não é o mesmo. “Como quase todos os celulares são Androids ou IOS, praticamente não são afetados”.

As navegações inconsequentes podem ser outro fator que leva o internauta se tornar vítima destes ciberataques. “A maior parte das pessoas são reféns, porque clicam em links por e-mail que não devem ser clicados, como falsos e-mail de banco, de lojas e promoções ou em sites desconhecidos, que levam a instalação do vírus chamado ransomware”, detalha.

No caso de pequenas empresas, o doutor em engenharia de sistemas aconselha que sempre tenham um setor ou profissional de informática. “Para que esta pessoa fique responsável pelas atualizações de antivírus e do sistema operacional, além da instalação de regras de segurança que previnem a instalação de coisas erradas por outras pessoas”, complementa.

Mundial

O ataque hacker cometido na última sexta-feira, 12, contra infraestruturas de informática afetou empresas privadas e instituições governamentais em todo o mundo. O ciberataque atingiu cerca de 200 mil usuários em 150 países como Espanha, Reino Unido, Turquia, Ucrânia, Rússia e também o Brasil, onde o problema foi detectado em vários estados.

No Rio de Janeiro, o ataque atingiu intensamente os sistemas das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujos postos tiveram de fechar mais cedo e os serviços de atendimento ao público de concessão de benefícios e agendamento de perícias médicas foi totalmente suspenso.

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