Entenda quais vantagens e desvantagens de vender pelo marketplace
Especialistas explicam qual a melhor estratégia de venda em shoppings virtuais
Repórter
1/09/2018

A aparente facilidade e baixos custos do mercado digital, chama a atenção das novas marcas. Mas, como disse, são aparentes. Da mesma forma que as vitrines físicas, o online exige conhecimento, dedicação e investimento. Para atuar neste cenário, além do e-commerce, a tendência é o marketplace - canais que reúnem diversas marcas, conhecidas popularmente como os shoppings virtuais.
Existem grandes marcas de marketplace online, bem conhecidas e utilizadas pelos consumidores, como por exemplo: Uber, Ifood, Mercado Livre, Airbnb e Olx. Outros exemplos, ligados ao ramo varejista são: B2W (Americanas.com, Submarino.com.br, Shoptime.com.br e Soubarato.com.br), Netshoes (Netshoes e Zattini), Walmart, ViaVarejo (Extra, Ponto Frio e Casas Bahia).
O modelo de venda digital pode oferecer oportunidades vantajosas para lojas já consolidadas, além de pequenas e médias empresas. No entanto, existem pontos que precisam ser analisados para que o empreendedor não veja neste modo de operação a única forma de trabalhar o marketing.
O gerente de marketing, Fabiano de Mattos, destaca que a oportunidade de expor produtos junto às marcas já conceituadas e estabelecidas no mercado, participar destas vitrines e tirar proveito de suas estratégias de marketing sem investimentos diretos, é o grande atrativo deste formato de negócio. "Mas os empresários devem se atentar ao nível de dependência a que se expõem junto ao parceiro de maior porte, e considerar que o "marketplace" deve ser somente parte de sua estratégia e não sua única via de comercialização online".
O publicitário Pedro Marques, com experiência em Marketing Digital e Gerência de Projetos Web, acrescenta que novas empresas além de ganharem visibilidade, possuem a chance de terem vendas que não teriam dentro do e-commerce próprio. "Só que a visibilidade adquirida nos marketplaces não pode ser confundida com o aumento de relacionamento da marca e possível recompra daquele cliente. A provável fidelização está sendo realizada pela vitrine, ou seja, o produto da fornecedora pouco trabalha sua identidade", reforça.
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Outra desvantagem e a principal que deve ser avaliada na escolha e entrada em um marketplace, segundo Marques, é o comissionamento pelas vendas - taxas que as plataformas cobram por disponibilizarem seus espaços, tráfegos e etc. "Por isso, é muito importante observar se a margem de lucro dos produtos resiste ao aumento do novo custo, que é a porcentagem exigida de cada venda que for feita".
Marketplace ou e-commerce?
O estabelecimento de um site de vendas efetivo e seguro é um investimento de porte considerável, tanto em seu desenvolvimento quanto em sua manutenção no que se refere à atração de usuários, políticas de marketing e operação. Fabiano de Mattos diz que um e-commerce, depois de estabelecido, exige um investimento em marketing, atendimento e logística que pode, a princípio, intimidar um empresário. “Por isso, aqui onde eu trabalho, oferecemos um programa de mentoriam auxiliando empresários de todos os ramos a considerarem opções mais assertivas, que preservem seus investimentos dentro de um teto que não venha a sufocar suas expectativas”.
Pelas vantagens adquiridas nas duas estratégias, o gerente indica a operação cruzada entre os dois formatos. "Possuir produtos administrados em seu próprio e-commerce facilita e otimiza sua parceria com marketplaces".
Uma marca juiz-forana, na área da economia criativa, que precisou pensar em trabalhar com estas duas estratégias foi o Mercado da Salvação, da professora de design e artista plástica, Daniela Brito. Sua loja virtual reúne mix de roupas com estamparia manual, acessórios de cabeça, maquiagem artística, itens de decoração, craft e papelaria.
Ela conta que peregrinou por diversas plataformas de marketplace, até se identificar com o Elo7. "Vender pela internet tem suas facilidades, mas é preciso estar atento nas taxas e percentuais cobrados na venda. O dinheiro não vai direto para o banco, por isso, você precisa de uma conta no banco virtual, que também cobra taxas. Hoje uso o Moip e o Pag Seguro. Também existem os valores do frete, que dentro do Elo7, o cliente já pode calcular. No final, o vendedor precisa embutir vários preços para não sair no prejuízo”, destaca.
Atualmente, ela sentiu a necessidade de trabalhar melhor sua marca e viu que a opção ideal era criar seu próprio e-commerce. "Sentia que faltava identidade visual, conceito e cara da marca. Hoje uso o Elo7 anexo ao novo site. Nele, divulgo tudo que preciso, até os cursos e oficinas presenciais”, explica. (Leia matéria completa aqui).
Como fez a artista plástica, Pedro Marques indica que os lojistas avaliem as plataformas que mais possuem afinidade com sua categoria de produto e os modelos de receita e regras de comissionamento. "Após decidir, basta fazer um cadastro junto a empresa para iniciar o processo de aprovação e vínculo ao marketplace. Logo depois, é iniciado a integração dos produtos que serão vendidos e, deve-se entender e ter foco no processo de gestão do perfil na plataforma, envolvendo principalmente a recepção dos pedidos, gestão de SAC dos clientes, reposição de estoque, dentre outras coisas", detalha.
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