Sábado, 26 de janeiro de 2019, atualizada às 10h34

Dermatologista alerta para riscos do bronzeamento na fita 

Angeliza Lopes
Repórter

No Verão, o apelo por corpos sarados e bronzeados são muito comuns, principalmente, entre as mulheres. Uma prática que ganhou notoriedade em dezembro de 2017, quando a cantora Anitta exibiu seu corpo no clip 'Vai Malandra' coberto apenas por fitas isolantes no formato de biquíni, em uma laje do Rio de Janeiro, se espalhou este ano por lajes de outras cidade e também em Juiz de Fora. A busca pela marquinha ideal tem levado muitas mulheres a buscarem esta nova técnica de bronzeamento, mas a dermatologista titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Vânia Piccinini, afirma que o risco é de 100%.

Outra polêmica relacionada à marquinha na fita foram publicações que viralizaram no Facebook com fotos feitas por uma empresária, pioneira da prática no Rio. Os internautas questionaram sobre qual o limite para "queimar" a pele no sol. "Você está exposto altamente aos raios ultravioletas A e B, muito incidentes durante os horários de pico do sol. Na verdade, você está causando queimaduras na pele que aumentam o risco de câncer de pele, envelhecimento e manchas irreversíveis", explica.

A dermatologista orienta que tomar grande quantidade de sol em um curto espaço de tempo é mais nocivo que um pouco todos os dias. "A descarga, principalmente, dos raios UVB, que são o piores e frequentes entre 10h e 15h, provocam danos muito perigosos para a saúde das pessoas. A Sociedade condena totalmente. Nos primeiros dias depois do bronzeamento as pessoas se sentem ótimas, mas, a queimadura causada vai deixando a pele com espessura grossa e depois de descamar, causam acne e manchas pretas e brancas que nem o lazer consegue tirar. Mulheres mais brancas podem ter queimaduras de segundo e até terceiro grau", destaca, lembrando que as fitas usadas também nocivas, resultando em dermatites e irritações na pele.

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Segundo Vânia, o bronzeamento não é recomendado. O indicado é usar protetor solar para pegar uma cor suave durante o Verão. Ele possibilita o bronzeado sem queimar a pele. "Alguns pacientes acham que o protetor diminui a vitamina D, mas não é verdade, porque o produto não dá 100% de proteção. Ao passar um fator 30, a pessoa fica 95% protegida e a vitamina consegue ser processada. Faço campanha contra o câncer de pele há 30 anos e vejo que as pessoas precisam se conscientizar de que o bronzeamento é uma condição efêmera, os cuidados são mais importantes".

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