População do Ipiranga reclama da situação da Uaps do bairro

Por

Popula??o do Ipiranga reclama da situa??o da Uaps do bairro
Quinta-feira, 21 de junho de 2012, atualizada às 16h10

População do Ipiranga reclama da situação da Uaps do bairro. Secretária de saúde falta à audiência

Jorge Júnior
Repórter

A Unidade de Atenção Primária (Uaps) do bairro Ipiranga foi tema da audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira, 21 de junho, na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). Em encontro definido pelo vereador proponente da reunião, Isauro Calais (PMN), como "o grito do Ipiranga", os presentes questionaram a ausência da secretária de saúde do município, Maria Helena Leal Castro, que foi representada pela sub-secretária, Adriana Barcellos.

Em sua fala inicial, Calais afirmou que a Uaps do bairro não apresenta condições estruturais. "O local está em estado de calamidade pública. Não têm os remédios básicos, além disso, falta segurança e qualidade no atendimento."

De acordo com o vereador, cerca de 1.600 atendimentos são realizados na Uaps, que atende a toda a região do entorno do Ipiranga. Porém, além das carências citadas acima, o posto de atendimento não dispõe do programa Saúde da Família. "Falta gestão. O prefeito compra os remédios, mas a secretária afirmou que eles não são distribuídos por falta de organização. Todos que passaram pela Secretaria de Saúde não souberam administrá-la", enfatiza e acrescenta que, para melhorar a cidade, o prefeito Custódio Mattos "tem que passar a vassoura e mandar todo mundo embora".

A moradora do bairro, Maria Aparecida Marques, diz que o sistema Médicos da Família foi criado, mas nunca executado na localidade. Além disso, Maria Aparecida questionou a falta de higienização do local. "Não tem nem papel higiênico. Falta sabonete para lavar as mãos e a população tem medo de ir marcar consulta porque a Uaps fica perto de uma praça que é ponto de tráfico de drogas."

De acordo com a funcionária da Uaps, Juliana Costa, os colaboradores da unidade trabalham com medo de serem assaltados. "Trabalhamos correndo risco de morte. A situação na Uaps é tão precária que não temos papel higiênico, copo de água, além do vaso sanitário não ser adequado", ressalta.

Quem também não está satisfeita com o cenário é a enfermeira, Marisa do Carmo Araújo, que trabalha na região há 15 anos. Marisa também diz que o local não possui o programa Saúde da Família e que o imóvel em que funciona a Uaps está em péssimas condições. "É um local cedido pelas Obras Sociais do bairro, então não podemos fazer nenhuma alteração."

O Portal ACESSA.com  entrou em contato com a Secretaria de Saúde, mas até o fechamento desta nota não obteve retorno do departamento.

Os textos são revisados por Mariana Benicá