
|
Rita Couto
*colaboração
29/08/05
![]() |
![]() |
![]() |
|
|
![]() ![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
![]() |
A cada ano, os alunos, principalmente de universidades públicas, se perguntam:"será que teremos greve?" E a resposta quase sempre é sim.
A greve é um instrumento legítimo e garantido por lei, mas que muitas vezes
acaba atingindo apenas parte de seu objetivo inicial, como pequeno reajuste
salarial, por exemplo. Além disso, ela também traz conseqüências para o período
letivo dos universitários.
Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) é comum a greve no segundo semestre do ano. Na maioria das vezes os servidores iniciam a paralisação e os professores aderem ao movimento depois. Os universitários, no primeiro momento, ficam sem acesso às bibliotecas, aos restaurantes universitários (RUs) e alguns departamentos. Com a adesão dos professores, as aulas são paralisadas e, dependendo do período de sua duração, a reposição de conteúdo acontece até janeiro do ano seguinte.
Apesar da possibilidade de aulas no verão, alguns alunos são a favor da greve. É o caso do estudante do sexto período de Educação Física da UFJF, Jander Ferreira (foto acima). O universitário diz que concorda com a paralisação e gosta do período em que as aulas estão suspensas.
"Gosto quando a universidade entra em greve porque posso ler e estudar mais. Com as aulas, fico na faculdade praticamente o dia todo e então não tenho tempo de me dedicar a isso", explica.
Para a estudante do curso de Letras, Amanda Cividini, a greve já perdeu seu sentido original. "São férias fora de época para alguns e essa não é a idéia da paralisação. Já vi várias vezes professores que, ao invés de se unirem para reivindicar, se reúnem em bares no centro da cidade e ficam sentados, tomando cerveja qualquer hora do dia. E, em janeiro, quando é o período certo para as nossas férias, temos aula", conta Amanda.
Eduardo Resende, aluno do quarto período de Comunicação Social da UFJF,
defende a greve, pois acredita que é uma das únicas formas que os
funcionários têm para reividicar os direitos. Resende diz que a paralisação
atrasa o conteúdo das diciplinas, mas que, olhando pelo lado dos
funcionários, a atitude é certa.
"Se eu for olhar sob o meu ponto de vista, eu não quero greve. Mas os professores e servidores precisam desse instrumento. Eles tentam por outros modos, mas como os pedidos não são aceitos, partem para a greve", defende Eduardo.
A formanda Paula Vieira Pires, aluna do décimo período de Psicologia, diz que também não concorda com a greve. "Se a universidade parar, minha formatura vai atrasar e já está tudo preparado. Além disso, o meu trabalho de final de curso já está praticamente pronto e não preciso de mais tempo para terminá-lo", explica.
ATENÇÃO: o resultado desta enquete não tem valor de amostragem científica e se refere apenas a um grupo de visitantes do Portal ACESSA.com
*Rita Couto é estudante do quarto período de Comunicação Social da UFJF