
Intérprete de Libras Tradução de Libras exige muito mais que aprender a linguagem de sinais. O salário nas capitais chega a R$ 3 mil. Em Juiz de Fora, o valor médio é de R$ 600
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*Colaboração
27/12/2006
Muito mais que ser um conhecedor de Libras,
quem decide optar pela profissão de intérprete da língua de sinais dos surdos, deve ter em mente que
a dedicação e o envolvimento com esse universo deve ser integral.
Segundo a intérprete de Libras, Francislaine Assis,
o envolvimento com a comunidade surda é fundamental.
"Somente convivendo com a realidade e com o universo do surdo,
a pessoa consegue se aprimorar na linguagem de sinais"
, comenta.
A intérprete
explica que aprender Libras é como aprender outro idioma, pois
existe toda uma estrutura de linguagem que a forma.
Além disso, a interação com
os surdos exige muita dedicação e empenho.
Uma pessoas demora no mínimo de dois anos a dois anos e meio para
se tornar uma intérprete. "Depois de concluído o curso básico, existe a
parte do contato direto com a comunidade surda"
, conta Francislaine, intérprete
há dois anos. Para poder atuar no mercado de trabalho, o profissional deve possuir
um certificado ou declaração de uma instituição ligada à comunidade surda, como
a Federação Nacional de Educação
e Integração dos Surdos. Francislaine comenta que as declarações costumam
ter validade de dois anos. "Depois desse prazo, o intérprete deve realizar
outros cursos de aperfeiçoamento e capacitação"
, diz.
Mercado de Trabalho

"Atualmente, as oportunidades que estão surgindo estão mais concentradas nas faculdades", comenta Francislaine.
A profissão de Intérprete em Libras é reconhecida por Lei,
mas ainda não é regulamentada. Em São Paulo e no Rio de Janeiro,
existem algumas organizações que garantem os direitos desses profissionais,
estabelecendo o valor das horas trabalhadas, por exemplo.
"Em Juiz de Fora ainda não existe uma organização nesse sentido, por isso
alguns intérpretes da cidade são filiados à organizações do Rio de Janeiro"
,
conta a intérprete.
Onde fazer o curso

*Renato Costa é estudante do 10º período de jornalismo da UFJF
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