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Artigo Quando o problema é ganhar peso |

O problema da magreza, quando excessiva, pode ser tão sério quanto a obesidade, trazendo complicações à saúde e comprometendo a estética corporal.
Nesse caso, problemas metabólicos também podem estar envolvidos, dificultando o ganho de peso. Fatores hereditários, como uma maior propensão a desenvolver massa muscular, podem estar envolvidos; hábitos alimentares, desenvolvidos desde a primeira infância, são também condicionantes do ganho de peso, variando o de acordo com o tipo de alimentação oferecida à criança desde o nascimento.
Durante o crescimento e desenvolvimento, da infância à idade adulta, existem
fases em que o organismo ganha mais tecido gorduroso, assim como fases em
que há um maior desenvolvimento de massa muscular. Um exemplo disso é o
início da adolescência, em que há uma propensão maior para o ganho de
gordura corporal, seguido depois de uma fase de intenso crescimento, em que
há maior desenvolvimento da massa muscular.
Durante essas fases, se o hábito alimentar não for adequado, como, por exemplo, um consumo muito grande de massas e gorduras durante uma fase de desenvolvimento de tecido gorduroso, esse processo pode ser intensificado, gerando um peso excessivo que dificilmente será compensado pelo crescimento normal. Ao contrário, deficiências alimentares em fases importantes do crescimento, coincidindo com o desenvolvimento da massa muscular, pode gerar um ganho de peso insuficiente, o que contribui para uma magreza excessiva.
Existem pessoas propensas a desenvolverem mais tecido muscular do que
outras, tendendo a terem mais músculos do que gordura no corpo; o inverso
também pode ocorrer. Isso se deve, prioritariamente, a fatores hereditários.
Nesses casos, como há dificuldade de o organismo em armazenar gordura (em
função de haver menos tecido gorduroso), o ganho de peso geralmente é
difícil.
Há pessoas que são magras desde a infância, e dificilmente ganham tecido gorduroso (engordam); essa tendência costuma se alterar por volta dos trinta anos, quando alterações metabólicas levam o organismo a acumular mais tecido gorduroso, com uma perda crescente de massa muscular.
É importante ressaltar que um corpo magro não necessariamente significa que há uma boa reserva de tecido muscular e pouco tecido gorduroso. Há pessoas muito magras que têm um alto percentual de tecido gorduroso, em função do sedentarismo, hábitos alimentares incorretos, passar longos intervalos de tempo sem se alimentar etc.
Para quem se sente muito magro e quer ganhar peso, o melhor caminho é a prática de atividade física orientada para o ganho de massa muscular (ganhar peso em músculo e não em gordura para não comprometer a saúde), aliada a uma alimentação adequada, que dê suporte ao ganho de peso sem provocar danos à saúde.
Aumentar simplesmente a quantidade de alimentos que se come, ou ingerir mais
massas, doces e gorduras, não é o melhor caminho para um ganho de peso
saudável. O consumo exagerado de gorduras é sempre perigoso, podendo elevar
os níveis de gordura do sangue e predispor a problemas cárdio-vasculares; o
consumo excessivo de açúcares em geral também pode trazer conseqüências à
saúde.
Seguem abaixo algumas dicas para um ganho de peso saudável, sem comprometimentos à saúde:

Ganhar peso sem aumentar o teor de gordura do corpo é o ideal, e nem sempre os resultados são satisfatórios em curto espaço de tempo. Pessoas muito magras devem se lembrar que haverá alterações naturais na composição do seu corpo em função do avanço da idade, podendo levar a um ganho de peso gradativo. É preciso perseverança no cuidado com a saúde, procurando atividade física orientada e mantendo uma boa alimentação diária.
Cristina Garcia Lopes
é nutricionista formada
pela Universidade Federal de Viçosa.
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