Artigo
Equil?brio

::: 27/01/2005

Eu pensava que equil?brio era um estado "zen", de tranq?ilidade, paz, bem-estar pessoal e interpessoal, t?o procurado pelos orientais e suas maravilhosas filosofias. Procurei tudo isso uma vida inteira, desde que me entendo por gente e, com certeza, hoje, percebo que nasci estressada para ter que procurar com tanta intensidade minha paz.

Na adolesc?ncia, j? achava que o equil?brio, equivocadamente, estava em cima de um salto alto, cada um mais lindo que o outro. A?, eu s? pensava em me equilibrar no salto, pura vaidade. Nem me passava pela cabe?a que existia muitas veias em minhas pernas, que estavam pedindo socorro. O pre?o da vaidade era alto. Neste caso a auto-estima estava em baixa e eu necessitava elev?-la de qualquer modo. Nesta fase, adicionei ? Yoga o salto alto... Bolhas no p?? Era o pre?o. Resultado: trombose venosa na perna direita p?s-parto e todas as seq?elas a que tenho direito, at? hoje.

Claro que a culpa n?o foi s? do salto alto, havia fatores gen?ticos e heredit?rios que n?o eram de meu total desconhecimento, mas que preferia ignorar. Afinal, n?o adiantaria nenhum tipo de alerta, pois a ignor?ncia e ansiedade associadas ? obesidade eram pratos cheios para que esse tipo de doen?a aflorasse em mim e em milhares de mulheres, que buscam o "equil?brio" equivocadamente.


Dr. Jos? Daher, angiologista que muito considero, tem feito um movimento em n?vel mundial de informa??o no "Tratado de Flebologia e Linfologia" (que ? o estudo das veias e dos linf?ticos), uma ?nica obra que re?ne a participa??o de onze pa?ses e dez estados brasileiros, muitos desses escritores m?dicos, s?o autores de obras importantes e esclarecedoras sobre o tema que escreveram. Dos 76 cap?tulos desse tratado incr?vel, ele fez o cap?tulo 48, que ? "Trombose Venosa Profunda dos Membros Inferiores", altamente esclarecedor.

Hoje, beirando os meus 50 anos, penso e analiso que o veradeiro equil?brio encontra-se dentro de n?s mesmos em primeiro lugar e, principalmente, no fato de nos conhecermos com profundidade, incluindo a gen?tica familiar para sabermos quais s?o os nossos poss?veis pontos vulner?veis. Pontos esses onde foram somatizados os estresses emocionais dos nossos antepassados para que atrav?s do conhecimento n?s e nossos decendentes n?o venhamos a sofrer por ignorar.

Precisamos saber com mais exatid?o qual o peso que o nosso cora??o suporta e nossas veias tamb?m. E quando ouvirmos falar de equil?brio entre corpo e mente, observarmos a textura da nossa pele (sem esquecer de dizer que pele ? o que h? de mais profundo em n?s. Aprendi isso com o m?dico e prof. Alo?sio Gamonal). Parar tamb?m para observar o que vem me incomodando, emocional e fisicamente e a partir da? buscar as devidas prevens?es dentro do meu biotipo para n?o ser pego de surpresa e nisso inclui dizer que n?o ? seguir clich?s e propagandas, mas sim associar o que voc? gosta ao que voc? realmente necessita... E quem sabe assim voc? n?o estar? no caminho do seu auto-conhecimento que o levar? a encontrar "seu equil?brio".

Boa busca para voc?!


Ana Stuart
? psic?loga e terapeuta familiar

Sobre quais temas (da ?rea de psicologia) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? A psic?loga Ana Stuart aguarda suas sugest?es no e-mail viver_psique@acessa.com.