Médicos continuam mobilização e decidem pelo boicote é biometria

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Quinta-feira, 16 de junho de 2011, atualizada às 10h22

Médicos continuam mobilização e decidem pelo boicote à biometria

Victor Machado
*Colaboração

Na primeira assembleia geral, realizada nesta quarta-feira, 15 de junho, depois que a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o que fez com que os médicos voltassem às atividades, a categoria decidiu continuar a mobilização em busca de melhores condições de trabalho. O sindicato pretende entrar com o recurso contra a decisão do TJMG nesta sexta-feira, dia 17.

Segundo o presidente do sindicato, Gilson Salomão, a assembleia reuniu mais de cem médicos. Na ocasião, os profissionais decidiram pelo boicote ao ponto biométrico, até que o acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora seja estabelecido. "Não há biometria enquanto não houver acordo", garante Salomão. Como prova do trabalho, valerão os documentos médicos preenchidos, como pedidos de exames, fichas de atendimentos, laudos etc.; além da assinatura da folha de ponto.

O sindicato também solicitou aos trabalhadores que encaminhem denúncias sobre as condições de trabalho, exercício ilegal da medicina e assédio moral à ouvidoria do Ministério Público (MP) e do Ministério da Saúde (MS). "Vamos denunciar a má qualidade da saúde oferecida ao povo de Juiz de Fora e a crise do SUS (Sistema Único de Saúde)."

Nova assembleia

A próxima assembleia geral da categoria será na terça-feira, dia 21. Até lá, o presidente do sindicato busca entrar com o recurso contra a decisão de ilegalidade da greve, além de definir novas formas de protesto. Ele ainda comenta que uma reunião com representantes do Executivo está marcada para o dia 29 de junho. No encontro, será discutida a reestruturação da carreira dos médicos.

*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken