Yakira Queiroz fala do seu reinado como Miss Brasil Gay 2018
Editor
O Portal ACESSA.com entrevistou a Miss Brasil Gay 2018, Yakira Queiroz. No bate-papo, a instrutora de maquiagem fala do seu reinado e como tudo começou.
Yakira conquistou o título representando o estado do Ceará. A miss também ganhou a votação do júri popular, pela internet, além ficar a terceira colocação no Traje de Gala.
O que mudou na sua vida desde que foi coroada Miss Brasil Gay Oficial 2018? Como foi a responsabilidade de carregar a coroa durante esse último ?
Yakira Queiroz - A minha vida se encheu de alegria desde a coroação do Miss Brasil Gay Oficial. Tive a oportunidade de conhecer os estados da Paraíba, Piauí e Pernambuco, que me receberam com muito carinho. Além disso, desfilei no carnaval do Rio de Janeiro 2019. Também participei de todos os eventos em que fui convidada em meu estado, o Ceará, levando com muita seriedade e responsabilidade a coroa e a faixa.
Você participou do desfile da Paraíso do Tuiuti no carnaval carioca de 2019. O tema coincidiu com o do seu traje típico no concurso, o Bode Ioiô. Como foi esse convite e a sensação de participar desse evento?
Yakira - Foi a melhor e maior experiência enquanto Miss Brasil Gay Oficial. Tive a oportunidade de ser destaque no último carro alegórico da escola Paraíso do Tuiuti, participando desse evento tão grandioso, que é o Carnaval do Rio de Janeiro. Fiquei bastante honrada com o convite e sou muito grata ao Ciro Alencar, meu coordenador estadual, que foi o grande intermediador para a realização desse sonho.
O Bode Ioiô foi a minha escolha de traje típico para o concurso nacional. Ele é uma figura folclórica que viveu em minha cidade, Fortaleza, no início do século XX, portanto, levar a cultura do meu estado para a Sapucaí foi uma experiência maravilhosa, enriquecedora e que me enche de orgulho.
O que representa ser uma Miss Brasil Gay? Quais são as responsabilidades?
Yakira - Uma miss sempre foi sinônimo de beleza e elegância, porém, como sabemos, os tempos mudaram. Atualmente, uma miss transcende a beleza física. Além de ser a maior representante de beleza LGBTQ+ do país, há questões comportamentais e de representatividade do meio que precisam ser conhecidas e trabalhadas, em prol da melhoria de vida de muitas pessoas.
Sou muito consciente do meu papel enquanto LGBTQ+ e como miss, portanto, busco levar não apenas a coroa e faixa, mas agir de forma engrandecedora na vida das pessoas, até mesmo nos projetos sociais que realizo e/ou participo.
Como foi a sua trajetória até chegar ao Miss Brasil Gay de 2018?
Yakira - Dei início em trabalhos artísticos ainda como professor do Senac, no Ceará, trabalhando como instrutor de maquiagem por muitos anos. Após me desligar da instituição, continuei ministrando cursos e, paralelo a isso, passei a ensinar tutoriais de auto-maquiagem aos meus amigos e seguidores no Facebook. Com a divulgação e interação das pessoas, comecei a ganhar visibilidade na internet através dos vídeos e, então, surgiram convites para participar de concursos de beleza.
Desde quando você é transformista?
Yakira - Por ser maquiador, sempre tive vínculo e admiração pelas transformistas do nosso estado, visto que já trabalhava com muitas delas, maquiando-as. Aos 18 anos, passei a frequentar ambientes LGBTQ+ e surgiu a oportunidade de me criar e me apresentar como Yakira. Era para ter sido apenas uma vez, mas virou um vício positivo em minha vida, rs.
Como foi ganhar o concurso?
Yakira - Uma verdadeira realização. A decisão de participar, ainda do concurso estadual, se deu a partir do desejo de ter mais visibilidade e mostrar o meu trabalho, que é a forma que consigo manter o meu personagem, a Yakira Queiroz. Com a vitória, consegui ir a lugares com o meu trabalho que, provavelmente, sem a Yakira, eu não conseguiria sozinho. Além disso, tenho a oportunidade de conhecer lugares incríveis e pessoas maravilhosas que me acompanham e torcem pelo meu sucesso.
Como foi a emoção de passar a faixa para a Miss 2019, Antonia Gutierrez?
Yakira - Foi mais uma edição repleta de beleza e muita alegria. Levarei comigo, com muito carinho, os registros e lembrarei para sempre do momento de vitória, de concretização de um trabalho bem executado e apresentado na passarela. Passada a faixa, o foco volta a ser no meu trabalho e nos meus estudos, que é o que me mantém e norteia a minha vida.
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