Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
12/07/2000
As galerias, que fazem de Juiz de Fora um verdadeiro shopping a c?u aberto,
j? foram tema de algumas de nossas cr?nicas. No entanto, uma delas chama a
aten??o pelo glamour e por uma outra caracter?stica peculiar. Quando o
comerciante e ourives Artur Vieira anunciou, em 1923, a constru??o da
Galeria Pio X, na Rua Halfeld, muitos chegaram a duvidar de sua sanidade
mental e acharam que a obra iria colocar em risco sua fortuna. A constru??o
era considerada uma ousadia, porque Minas Gerais n?o possu?a galeria e
apenas o Rio de Janeiro, contava apenas com uma, a Galeria Cruzeiro.
Inaugurada dois anos depois, a galeria ainda n?o tinha sa?da para a Rua Marechal Deodoro, s? constru?da dez anos depois. Artur Vieira n?o imaginava
o sucesso que o empreendimento iria fazer e, principalmente, que seria
imitado e se transformaria numa das principais caracter?sticas urbanas de
Juiz de Fora. At? hoje, a
Galeria Pio X mant?m tra?os arquitet?nicos da
primeira metade do s?culo 20, embora tenha passado por v?rias reformas.
Mais recentemente, ganhou uma cobertura transparente, com desenhos do
artista
Dnar Rocha. Al?m da arquitetura, a galeria mant?m duas tradi?es: a
sirene que soa pontualmente ao meio dia, acionada por funcion?rios da
Joalheria Meridiano, loja que est? instalada na galeria desde a sua
funda??o, al?m do rel?gio que fornece a hora certa para os juizforanos.
Apenas durante a Segunda Guerra Mundial, a sirene foi acionada por homens
do ex?rcito. A galeria tamb?m abrigou empresas importantes, como a
Companhia Mineira de Eletricidade e o C?rculo Militar.
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Biblioteca Redentorista
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Num pequeno pr?dio, bem discreto, ao lado da Igreja da Gl?ria, est?
localizada a Biblioteca Redentorista. Parte da hist?ria de Juiz de Fora e,
principalmente, da cultura dos s?culos 16, 17 e 18 est? presente nos 55 mil
livros que comp?em o acervo da biblioteca. Na verdade, o espa?o sempre
funcionou no Semin?rio da Floresta. Em 1980, Padre Jaime Snoek, que at?
hoje faz quest?o de cuidar das obras com o carinho dedicado a um filho,
transferiu todo o acervo para o pr?dio localizado no Morro da Gl?ria. A
Biblioteca Redentorista ? considerada a maior da cidade em termos de
publica?es voltadas para as ?reas de filosofia e teologia e, entrar no
espa?o, ? realizar uma verdadeira viagem no tempo. Livros escritos a m?o,
em latim, datados de 1500, revelam parte da hist?ria da Igreja na Idade
M?dia. B?blias em in?meras l?nguas, incluindo o hebraico, e obras sobre
patr?stica, transformam a Biblioteca Redentorista num ponto de refer?ncia
para universit?rios e at? mesmo estudantes do ensino fundamental e m?dio,
que buscam informa?es sobre a hist?ria de Juiz de Fora, que tem liga??o
estreita com a
Igreja da Gl?ria e os redentoristas, que vieram para Juiz de
Fora para atender aos colonos alem?es que aqui trabalhavam.
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Alo?sio Tavares
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O futebol ? um dos pontos mais marcantes da influ?ncia do Rio de Janeiro em
Juiz de Fora. Talvez por isso, um jogador de Juiz de Fora n?o poderia ficar
de fora da inaugura??o do maior est?dio do mundo, em 1950. Alo?sio Cunha
Tavares sentiu de perto a emo??o de participar na partida que inaugurou o
Maracan?, como jogador do Flamengo. O ex-artilheiro rubro-negro marcou o
primeiro gol de um clube no novo est?dio. Natural de Petr?polis, Alo?sio
chegou a Juiz de Fora aos dez anos. Aos 16, j? atuava pela equipe
profissional do Sport e, em 1949, entrou para a hist?ria como o primeiro
jogador da cidade a integrar a Sele??o Mineira de Futebol. Neste mesmo ano,
foi para o Flamengo, onde atuou por cinco anos. ele ficou surpreso ao ser
convocado para defender a Sele??o Carioca contra a Paulista, na partida de
inaugura??o do Maracan?. Alo?sio chegou a formar ataque com o tetracampe?o
do mundo, Zagallo, e era titular do rubro-negro quando Garrincha foi
reprovado em um teste para entrar no clube. Problemas de relacionamento com
o Flamengo, levaram-no a deixar o rubro-negro e voltar para Juiz de Fora,
onde fez o curso de
Odontologia. Mas a paix?o pelo futebol nunca foi esquecida.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
