Sexta-feira, 09 de outubro de 2009, atualizada às 12h

Bancários do BB e bancos privados retornam ao trabalho. Funcionários da Caixa continuam de braços cruzados

Pablo Cordeiro
*Colaboração

Os bancários do Banco do Brasil (BB) e dos bancos privados retornaram ao trabalho nesta sexta-feira, dia 9 de outubro, após 15 dias de greve. Em assembleia realizada na última quinta-feira, 8 de outubro, o Sindicato dos Bancários aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 6% e adicional de 6% aos benefícios, como vale-alimentação e refeição. Quanto à participação dos lucros e resultados (PLR), o percentual oferecido foi de 90% do salário, somado com a quantia fixa de R$ 1.024 e uma participação de 2% no lucro líquido do banco para cada funcionário.  

Para o diretor de formação do Sindicato, Robson Marques, a conquista da classe foi importante. "Conseguimos aumentar em 1,5% o ganho real em relação à primeira proposta de 4,5% de reajuste. Mesmo não atingindo os 10% como desejávamos, a sensação é de vitória, pois em período de inflação, o banco não poderia dar mais do que os 4,5%. Sobre a PLR, o reajuste só era concedido, caso o banco tivesse resultado 15% superior ao ano anterior e, em tempos de crise, nenhum conseguiu atingir a meta." Outra conquista da classe foi a ampliação da licença-maternidade das bancárias gestantes de agências privadas para 180 dias, superando os quatro meses tradicionais.  

Caixa Econômica

Os trabalhadores da Caixa Econômica continuam em greve. Marques explica que os motivos para a continuidade do movimento são a falta de discussão para questões específicas e a diferença de reajuste em relação aos bancários do Banco do Brasil. "Os funcionários do BB receberam 9% de reajuste salarial e 4% de PLR. Os da Caixa conseguiram o mesmo benefício que os bancos privados. Os bancários da Caixa não ficaram satisfeitos e se sentiram injustiçados." Outra conquista exclusiva do Banco do Brasil foi a abertura para a discussão da mudança de plano de cargos e salários. "Com isso, a perspectiva de crescimento na empresa aumenta", explica Marques.

*Pablo Cordeiro é estudante do 9º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes