Segunda-feira, 14 de dezembro de 2009, atualizada às 17h18

Servidores do Ministério do Trabalho suspendem greve, mas ameaçam nova paralisação

Melissa Ribeiro
Repórter

Depois de um mês de greve, os servidores do Ministério do Trabalho (MTE) retomaram as atividades nesta segunda-feira, 14 de dezembro. A gerente regional do MTE, Nila Magalhães, garantiu que o atendimento à população já voltou ao normal, inclusive os serviços que ficaram acumulados, como a emissão de carteira de trabalho e a entrada nos requerimentos de seguro-desemprego.

Segundo o servidor e membro do comando nacional de greve, Akx Lopes Tavares, a categoria decidiu pela suspensão do movimento após o governo demonstrar abertura à negociação. "Houve um certo avanço porque o governo se comprometeu a atender duas de nossas reivindicações: a implantação do Plano de Carreira Específico dos Servidores do MTE e o reajuste salarial."

A categoria, no entanto, estabeleceu um prazo para que uma proposta seja apresentada. "Vamos aguardar até o dia 22 de fevereiro do ano que vem, por causa do recesso no Congresso Nacional. Se não houver nenhuma medida efetiva dentro deste prazo, iremos retomar a greve", garantiu Tavares.

A pauta de reivindicações da classe também inclui melhorias das condições de trabalho, regulamentação de 30 horas semanais, sem redução de salários, com dois turnos diários para ampliar o atendimento à população, além da paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas e a isonomia do auxílio-alimentação do Poder Executivo com o do Judiciário.

De acordo com o agente administrativo do MTE e membro do comando de greve na cidade, Rafael Lopes, 17 servidores aderiram ao movimento em Juiz de Fora. Os serviços mais prejudicados foram a emissão da carteira de trabalho e a entrada no requerimento de seguro-desemprego.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes