Segunda-feira, 19 de abril de 2010, atualizada às 19h30

Prefeitura propõe reajuste linear de 7% para os servidores

Aline Furtado
Repórter

 

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) propôs um reajuste linear de 7% para os servidores, em reunião para discutir questões referentes à recomposição e à campanha salarial da categoria. Além dos representantes da administração municipal, participaram os dirigentes dos quatro sindicatos representativos dos funcionários públicos municipais.

Segundo o secretário de Administração e Recursos Humanos (SARH), Vítor Valverde, o índice representa o IPCA integral do período, que é de 5,11%, e mais de 1/3 do IPCA do ano passado, que foi de 5,53%, totalizando 1,89%.

"As perdas referentes ao ano passado deverão ser diluídas nos próximos dois anos de administração. Isso deverá ser feito devido à não concessão de reajuste, em 2009, por parte da Prefeitura, em função da crise econômica", destaca Valverde.

Para o presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro), Flávio Bitarello, o índice anunciado não representa reajuste, mas reposição salarial. "Pretendemos nos reunir [os sindicatos] na próxima quinta-feira, dia 22, para avaliar a proposta da PJF. Na segunda, dia 26, temos novo encontro marcado com a administração municipal, a fim de darmos prosseguimento às negociações."

Mínimo

Durante o encontro, a administração municipal anunciou ainda que o salário mínimo na PJF será maior que o mínimo nacional. "Não teremos nenhum servidor, incluindo aposentados e pensionistas, recebendo menos de R$ 610", diz Valverde. O novo valor representa 7,9% de aumento em relação ao atual piso, que é de R$ 565. O novo valor passa a valer a partir do dia 1º de maio.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Cosme Nogueira, diante dos anúncios feitos pela PJF, é necessário que haja evolução. "Este aumento do piso para R$ 610 faz com que ocorra um achatamento da tabela salarial. Por isso, é preciso melhorar, avançar nas negociações."

Estiveram presentes representantes do Sinserpu, do Sindicato Profissional dos Médicos de Juiz de Fora, do Sinpro e do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge).

Os textos são revisados por Madalena Fernandes