Presa quadrilha responsável pelo roubo de mais de R$ 1 mi no bairro Bom Pastor
Repórter
A Polícia Civil (PC) decretou a prisão preventiva, depois de dois meses de investigação, de três suspeitos de envolvimento no roubo a uma residência do bairro Bom Pastor, ocorrido no dia 24 de janeiro deste ano.
Dois deles foram presos na última quarta-feira, 23 de março, e o terceiro, na manhã desta sexta-feira, dia 25. Entre os crimes nos quais os três homens estão envolvidos estão formação de quadrilha, roubo qualificado por uso de arma de fogo, além de restrição de liberdade das vítimas.
Os dois homens presos na última quarta-feira, de 25 e 35 anos são da cidade do Rio de Janeiro, sendo que um morava na favela da Rocinha e o outro havia fixado residência no bairro São Judas Tadeu, em Juiz de Fora, onde foi apreendido um revólver calibre 38, com numeração raspada. "Eles são do Rio e praticavam crimes em Juiz de Fora e na região", explica o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Massaud. Ambos foram presos na Casa do Albergado, enquanto assinavam documentos referentes a condenações por prática de roubo.
Segundo Massaud, os suspeitos estavam em liberdade devido a benefícios referentes a prisões anteriores. Entre os roubos já praticados pela quadrilha está um em uma agência dos Correios no município de Lima Duarte, além do crime contra um empresário italiano, na cidade de Piraúba.
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Já o terceiro preso, conhecido das vítimas, é um empresário juiz-forano de 62 anos, que seria o mandante do crime. O homem foi candidato a vereador nas eleições municipais da cidade no ano de 2008. Conforme consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre os bens do empresário preso estão uma residência no bairro São Mateus, onde ele foi preso; uma loja no mesmo bairro; além de um galpão no Distrito Industrial. Os imóveis somam R$ 345.632,42.
Os próximos passos do caso, de acordo com o delegado, incluem a identificação de mais dois suspeitos de envolvimento no crime, entre eles, uma mulher; a tomada de depoimentos dos presos, na próxima segunda-feira, dia 28; além da recuperação dos objetos roubados.
O crime
Na ocasião do roubo, no dia 24 de janeiro, um médico de 76 anos, seu filho, de 28 anos, e a empregada foram mantidos amarrados por mais de quatro horas na residência da família, enquanto a quadrilha levou uma quantia equivalente a R$ 1 milhão em joias, obras de artes, 40 relógios de coleção, aproximadamente 400 moedas de ouro e prata de coleção da Casa da Moeda do Brasil, além de aparelhos eletrônicos.
"Após as investigações, chegamos a dois autores, que se configuram criminosos recorrentes em roubos. Os dados nos levaram também a um conhecido da família, o terceiro preso, que sabia da venda, feita pela vítima, de um terreno de valor entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões, aqui mesmo em Juiz de Fora. Como o médico estava em processo de separação, este suposto amigo considerou que a quantia não seria depositada pela vítima, já que isso implicaria na partilha do bem", explica Massaud.
O fato, segundo o delegado, teria motivado o roubo, já que o conhecido da família supôs que o dinheiro referente à venda estaria na residência do médico. "O valor do terreno seria roubado e, segundo o acordo com a quadrilha, o amigo ficaria com a metade." O delegado destaca que os bandidos estavam fortemente armados com pistolas nove milímetros. "Há informações de que estas armas foram alugadas por R$ 2,5 mil na favela da Rocinha."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken