Segunda-feira, 20 de janeiro de 2014, atualizada às 16h20

Taxistas de JF opinam sobre obrigatoriedade de itens de segurança nos veículos

Eduardo Maia
Repórter
hotel

Os taxistas permissionários e auxiliares de Juiz de Fora decidem nesta segunda, 20 e terça, 21, sobre a obrigatoriedade da instalação de três equipamentos de segurança nos veículos. O uso do rastreador, da câmera no interior do carro e uma cabine de segurança poderá se tornar obrigatório a partir da opinião dos 548 permissionários e 1.617 auxiliares.

A partir dos números da votação, que serão divulgados nesta quarta-feira, 22, serão empreendidas novas ações para viabilizar a segurança e levar uma proposta à Câmara Municipal de Juiz de Fora, para que seja elaborada uma lei que estabeleça a obrigatoriedade dos itens, seguindo a legislação vigente.

Há 18 anos na profissão, o taxista Edenir Campos de Souza já foi vítima de alguns assaltos e revela a sua opção pelo sistema de câmeras e o rastreador. "Tudo o que se fala sobre segurança é aplaudido por nós, principalmente quando oferecem um amparo. A câmera é o melhor recurso, principalmente com o vínculo da Polícia Militar. No momento que a gente está sendo abordado, ou se a gente apertar um botão, o órgão entra em ação para ver a situação que a gente está", diz.

O presidente da Associação dos Taxistas de Juiz de Fora, Luiz Gonzaga Nunes, defende a obrigatoriedade apenas da câmera e do rastreador. "Na cabine, para ser assaltado não precisa nem de arma. O passageiro pode ameaçar jogar álcool e fogo no carro, por exemplo. A câmera e o rastreador também não vão resolver 100%, mas qualquer porcentagem que vier a nos beneficiar, e também à população, já é válida. A polícia vai nos acompanhar passo a passo e o resultado será satisfatório", acredita.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora, Aparecido Fagundes da Silva, aponta que, apesar da escolha dos três itens, acredita que a melhor solução é a operação Para, Pedro, executada pela Polícia Militar (PM). "Ela faz a abordagem do veículo tanto com passageiro ou sem passageiro, porque o táxi pode não estar sendo conduzido pelo taxista. É a que surte mais efeito", opina.

Aparecido explica que os permissionários também preferem a flexibilidade do uso da cabine. "Pelo comentário, está muito dividido. Pela maioria dos permissionários, que eu represento, acredito que não são muito favoráveis a essa obrigatoriedade e sim que seja opcional. Ao se tornar obrigatório, ele será obrigado a fazer o investimento e nem sempre ele está preparado para fazê-lo."

De acordo com o sindicalista, o custo médio da cabine gira em torno de R$ 6 mil, enquanto do rastreador e da câmera variam entre R$ 600 e R$ 1 mil. "A cabine é um investimento mais alto e é adaptada para o veículo. Se o profissional tiver que trocar o carro, ele terá que comprar outra cabine para adaptar o veículo", observa.

Embora acreditem que os recursos não garantam a qualidade total da segurança, os taxistas apoiam a iniciativa do poder público de consultar a classe para a criação do projeto de lei. "Foi uma reivindicação para levar à classe para decidir, que as administrações passadas não faziam. A gente achou necessário ampliar ainda mais o nível de segurança e o poder público está agindo de maneira muito satisfatória. É um ganho para todos os taxistas", reconhece Gonzaga.

Segundo o subsecretário de Mobilidade Urbana, Mauro Branco, a Settra é um facilitador, dentro do processo democrático, e quer estar junto com os taxistas, aumentando a segurança no serviço. "A ênfase é juntarmos para resolver um problema que é de todos. Se nós juntarmos forças, a gente consegue, de forma ampla, achar essa soluções."

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