Terça-feira, 8 de setembro de 2015, atualizada às 15h43

Servidores do INSS rejeitam nova proposta e greve já ultrapassa dois meses

Angeliza Lopes
Repórter
greve

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rejeitaram, nesta terça-feira, 8 de setembro, a nova proposta apresentada pelo governo Federal. Com esta decisão, a greve já ultrapassa dois meses e se mantém por tempo indeterminado. Na última sexta-feira, 4, os peritos também aderiram ao movimento, sendo obrigatório a manutenção de 30% dos serviços. O sindicato recomenda que todo assistido que tenha atendimento ou perícia agendada e queira tirar dúvidas, que entre em contato com a central pelo 135. Todas serão reagendados logo após o término da greve.

Conforme a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social (Sintsprev/MG), Cleuza Faustino, a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento apresentou nova proposta de 10,8%, dividido em dois anos. Antes a proposta era do índice de 21,3% dividido em quatro anos. "A audiência de hoje (terça) foi suspensa, pois nossa pauta possui 15 itens, sendo que foi colocado em discussão apenas o reajuste e reposição dos dias parados. Só aceitaremos o retorno da audiência quando o governo apresentar a proposta por escrito", afirma.

A classe reivindica reajuste de 27,6% em uma única parcela. Além disso, os servidores reclamam das metas abusivas impostas, sem o treinamento adequado para receber o segurado e usuários do SUS e quantidade de funcionários insuficientes. Outro problema é que cerca de 60% do quadro dos servidores do INSS estão para aposentar, sem previsão de concurso público para reposição deste número.

Serviços parados

Além das três agências da Previdência Social (APS) do Largo do Riachuelo, Morro da Glória e São Dimas, estão parados setores da Saúde, Anvisa e Ministério do Trabalho. A paralisação nas APS afeta os atendimentos relativos aos requerimentos de aposentadorias, pensões e auxílios doenças, maternidade, entre outros; marcação de perícias e outros serviços referentes a benefícios previdenciários.

No Ministério do Trabalho e Emprego, poderá prejudicar a expedição de Carteiras de Trabalho, as homologações de rescisão de contrato de trabalho, os pedidos de Seguro Desemprego e Abono Salarial, além da emissão de diversas certidões e outros documentos de interesse de trabalhadores e empresas.


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