Sexta-feira, 22 de março de 2013, atualizada às 16h45

Servidores de 1ª Instância do TJMG deflagram a primeira greve da categoria

Andréa Moreira
Repórter
Greve TJMG

Os servidores de 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deram início nesta sexta-feira, 22 de março, à primeira greve da categoria. Ao todo, são mais de 11 mil funcionários, lotados em quase 300 comarcas do Estado. Em Juiz de Fora, cerca de 30 servidores fizeram uma manifestação em frente ao Fórum Bejamin Colucci. A decisão da greve foi confirmada pela maioria dos trabalhadores durante uma assembleia realizada em Belo Horizonte, no dia 16 deste mês.

Entre as reivindicações está o reajuste escalonado a partir de julho de 2013, reajuste do auxílio-alimentação para R$ 710, pagamento imediato dos efeitos remuneratórios das promoções verticais de 2007 a 2010, nomeação dos candidatos aprovados em concurso público, com proibição de desempenho de atividade por terceirizados ou servidores cedidos por prefeituras. "Há anosnossa categoria vem lutando por diversos direitos. Entra administração, sai administração e continuam desrespeitando e negligenciando nossos direitos", destaca o técnico de apoio, José Teotônio Pimentel Gouvêa.

O técnico esclarece, ainda, que para não prejudicar a população, será respeitado o percentual de 30% em todas as repartições. "Sempre nos preocupamos com a população e sabemos o quanto eles dependem da Justiça. Não queremos que esta greve prejudique ninguém. Na verdade, queremos, com nossa greve, é melhorar o atendimento à população," explica Gouvêa.

Em uma carta direcionada à população, o Sindicato dos Servidores Remunerados da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (Serjusmig) afirma que em 2008  foi criada uma norma determinando o envio de um projeto de lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), instituindo a gratificação por atividade de chefia para escrivães e contadores, já que estes servidores trabalham oito horas diárias e recebem apenas por seis. O documento também faz uma comparação dos salários dos servidores do Judiciário do Estado. De acordo com o sindicato, dos 26 estados da federação, Minas Gerais ocupa a 23ª colocação. "Não estamos lutando por privilégios, apenas queremos que sejam cumpridos os nossos direitos", destaca o técnico de apoio.

A próxima assembleia da categoria será realizada no dia 3 de abril. "Neste dia, iremos avaliar como foi a repercussão da greve em todo o Estado e se as nossas exigências foram aceitas. Mas o ideal, para nós e acredito que para toda a população, é que a alta direção do Judiciário revesse nossos pedidos e encerrasse a greve o quanto antes", afirma Gouvêa.

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