Escola de Artes de Juiz de Fora recebe ensaio aberto de peça voltada para idosos
A apresentação é aberta à população.
O projeto “Pessoas Idosas na Dança da Vida” realiza, nesta quinta, 11 de setembro, às 15h, um ensaio aberto na Escola de Artes Pró-Música. Iniciativa de extensão da Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o projeto se desenvolve ao redor da produção do espetáculo “Dança da Vida” e por ações voltadas para a divulgação dos direitos da pessoa idosa, a partir de um convênio com a Agência de Proteção ao Consumidor de Juiz de Fora (Procon-JF).
A apresentação é aberta à população. O ensaio é acompanhado de uma palestra do Procon sobre os direitos da pessoa idosa para o público do Polo de Pesquisa em Envelhecimento da UFJF, sediado na Casa Helenira Preta (Localizada próxima ao Pró-Música).
Iniciado em abril deste ano, o projeto é escrito e coordenado por Júlio César Souza de Oliveira, professor do Departamento de Letras da UFJF, e dirigido pelo ex-aluno da UFJF, Tiê Fontoura. A ação sugere que o teatro e a dança são ferramentas essenciais para questionar e renovar convicções sobre a pessoa idosa. Nela, docentes, técnico-administrativos em Educação (TAEs) e estudantes de várias faculdades da UFJF contribuem para a produção da peça teatral – com criação e execução de cenários, figurinos, desenho de iluminação e ensaios -, que visa ressaltar o protagonismo das pessoas idosas no mundo contemporâneo e incentivar o desenvolvimento de políticas públicas para essa população.
O grupo se apresenta no Teatro Paschoal Carlos Magno em 1° de outubro, Dia Mundial da Pessoa Idosa, e no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), nos dias 3 e 4 de outubro. Durante a peça, cada espectador recebe um caderno, em linguagem clara, do Estatuto da Pessoa Idosa.
Dança da Vida
“Dança da Vida” é estrelada pela atriz Glàddys Hypolito e pelo ator Mário Galvanni, de 63 e 71 anos, respectivamente. Os protagonistas têm histórias distintas em cima dos palcos, mas ambos compartilham a paixão pelo teatro na terceira idade.
Glàddys é dentista, pós-graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, por muitos anos, trabalhou com êxito em seu consultório e na área acadêmica da Odontologia em Juiz de Fora. Porém, há três anos, decidiu vender seus equipamentos e se lançar na carreira de atriz, profissão que, segundo ela, nasceu para exercer. “É uma felicidade imensa e realmente é um sopro de vida. Quando eu não estou envolvida com a arte, bate uma depressãozinha. E a arte é tudo, né? A música é vida, a arte é vida, o movimento é vida, a pintura é vida, tudo é vida”, vibra Glàddys.
Por outro lado, há 52 anos nos palcos, Galvanni manteve uma profissão em concomitante e jamais perdeu de vista a atuação – seja no teatro ou no cinema. “O teatro, para mim, é uma essência de vida, me deixa focado, aguça minha mente, mostra uma realidade que nós temos que vivenciar no nosso dia-a-dia. E o teatro mostra isso tudo não só numa maneira ficcionista, mas realística. A essência do teatro é um encontro, é um experimento da vida. Por isso que estou vivo, por isso que estou aí no alto dos meus 71 anos de idade e com 52 anos de teatro.”