Professores demitidos por Centro Universitário em 2019 aguardam pagamento de direitos em Juiz de Fora

Profissionais receberam parte do que é devido, mas reclamam de atraso em função de recursos

Por Ricardo Ribeiro e Renan Ribeiro

Quase 80 professores foram lesados pela situação

Em julho de 2019, um grupo de quase 80 professores da Universidade Salgado de Oliveira, de Juiz de Fora/MG (Universo) foi demitido e ainda aguardam a quitação dos débitos. Verbas rescisórias e FGTS não foram pagos e restou ao grupo acionar o Sindicato e a Justiça.

Os próprios profissionais relatam que uma série de atitudes omissas não fez com que a situação se resolvesse. O que consta no processo é uma sequência de adiamentos, solicitação de cálculo, recálculo, pedidos de tempo para cálculo. "Um descaso para se resolver efetivamente a situação dos professores. A empresa reclamada usa e abusa de subterfúgios na justiça para o não pagamento dos Diretos dos professores. O grupo precisa de ajuda! Precisa que sua voz e apelo sejam ouvidos pela sociedade para que seja atendido de acordo com o que determina a lei", afirma o grupo.

De acordo com o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF), quando houve a dispensa dos professores na Universo, o Sinpro ajuizou uma ação coletiva pedindo a nulidade da dispensa em massa. "Logo no início da ação fora pactuado acordo com a maioria dos professores para pagamento das verbas rescisórias em 6 parcelas e também pagamento da multa de 40% do FGTS. Os professores que aderiram ao acordo proposto pela Universo receberam as verbas rescisórias. Já a multa de 40% foi quitada somente para aproximadamente metade desses professores. O Sinpro está executando esta multa para os professores que tiveram o acordo descumprido", detalha o Sindicado.

Ainda de acordo com o Sinpro, outros professores preferiram ajuizar ações individuais, não aderindo ao acordo proposto na ação coletiva. "A maioria desses processos ainda tramita na Justiça do Trabalho, pois referidas verbas até a presente data não foram integralmente quitadas, devido aos inúmeros recursos interpostos."

O Portal ACESSA.com fez contato com a mantenedora da Universo no Rio de Janeiro por email com a assessoria. No entanto, ainda não obteve resposta a respeito do caso.