Diretoria do Cascatinha Country Club decide suspender por quase dois anos comerciante, associado do clube, acusado de cometer injúria racial contra funcionários

Por Ricardo Ribeiro

Ricardo Ribeiro

A Comissão de Disciplina do Cascatinha Country Club aprovou o relatório conclusivo sobre o caso de injúria racional, que aconteceu no restaurante do local no dia 25 de fevereiro cujo acusado é associado, comerciante de 61 anos, que chegou a ser preso no dia do fato.


O clube aplicou a penalidade cabível nos termos do Estatuto o que corresponde a 720 dias de suspensão, ou seja, quase 2 anos em poder frequentar as dependências do Cascatinha. Segundo o presidente do clube, José Luiz Lacerda, ele pode recorrer da punição.


De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar na época, o comerciante teria tentado entrar na cozinha nervoso, dizendo “Chama aquele negro lá” e questionado, da porta, o chapeiro: “Você não sabe ler não?”. As ofensas teriam continuado: “Seu negro, você não sabe o que está fazendo?”. Ao ser repreendido pelo ato racista, o homem teria acrescentado: “Ele é que cor, preto ou não é?”.


O comerciante foi detido ainda no local por agentes de segurança do clube, até a chegada da Polícia Militar, que o encaminhou a Delegacia Regional, em Santa Terezinha. Acompanhado de advogado, o homem negou as versões das testemunhas e alegou que em momento algum teria cometido injúria ou ofensa ao funcionário. Ele acrescentou ter sido chamado por uma mulher no local de “branquelo careca”, mas a situação não foi confirmada por outras pessoas.

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