Países europeus se preparam para possível escassez de energia no inverno

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Países da Europa estão implantando planos para enfrentar uma possível escassez de energia durante o inverno do hemisfério norte, que começa em dezembro.

Os 27 Estados-membros da UE (União Europeia) pretendem diminuir sua dependência no abastecimento de petróleo e gás russos. A redução no abastecimento e as preocupações acerca do futuro fizeram com que os preços da energia na Europa disparassem.

Na Alemanha e na Espanha, por exemplo, os governos começaram a implantar medidas de economia de energia para combater a possível escassez, com prédios públicos e privados desligando sua iluminação externa durante a noite.

O primeiro-ministro da República Tcheca, país que atualmente preside a UE, declarou hoje que irá convocar uma reunião "urgente" para abordar a crise energética. "Estamos em uma guerra energética com a Rússia e isso prejudica toda a União Europeia", declarou Jozef Síkela no Twitter.

Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que está confiante no fornecimento de energia para seu país e que a França é menos dependente do gás russo do que outros Estados europeus.

"A cooperação franco-argelina no setor gás não é algo que mude o cenário", acrescentou ele durante uma visita à Argélia, país do norte da África rico em gás.

Suíça teme possível apagão

A Suíça está em estado de atenção. O país produz muita energia durante o verão por meio de hidrelétricas, mas no inverno costuma recorrer a importações, que este ano estão comprometidas.

Além da escassez do gás russo, a Suíça é afetada pela interrupção na produção de metade dos reatores nucleares franceses, causada por problemas de corrosão. Para completar, outros lugares que antes forneciam energia para o país alpino agora estão preocupados com o próprio abastecimento ou de vizinhos do bloco.

Como a Suíça não pertence à União Europeia e o grupo está preocupado com seus membros, o país vai para o final da fila. O governo alertou contra o exagero do risco, mas reconheceu que está se preparando para uma potencial falta de energia.

Com informações da AFP e da Reuters