Sem harmonia, não dá para falar em baixar taxa de juros, diz Simone, em campanha

Por FERNANDA BRIGATTI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra Simone Tebet, do Planejamento, está em campanha pela eleição de Rodrigo Pacheco (PSD) para a presidência do Senado. Nesta terça-feira (31), ela participa, em Brasília (DF), de um almoço em que o governo deverá fazer uma contagem dos votos confirmados pela reeleição do aliado.

Considerado o favorito na eleição marcada para quarta (1º), Pacheco é, na avaliação de Simone, a figura capaz de garantir a harmonia entre os Poderes democráticos.

"Sem isso, não dá para falar em baixar taxa de juros de 13,75%, não dá para falar em garantir uma inflação mais baixa, não dá para falar em crescimento econômico, geração de emprego e renda e qualidade do serviço públicos", afirmou a ministra do Planejamento.

Segundo Simone, a democracia é o "grande guarda-chuva" das questões pendentes de discussão. "Por isso, sim, estou em plena campanha", disse. "No horário de almoço, porque nos demais horários sou ministra de Estado."

Pacheco busca a reeleição no Senado e terá como adversário o ex-ministro de Bolsonaro Rogério Marinho (PL-RN). Embora Lula afirme publicamente que não irá interferir na disputa, petistas têm trabalhado pela reeleição do mineiro.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), vai reassumir o mandato no Senado provisoriamente na próxima quarta para garantir o voto ao aliado.

A invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, fez com que aliados de Pacheco reforçassem o discurso de que é preciso reeleger o parlamentar também para conter o bolsonarismo.

"O 8 de janeiro não foi uma data qualquer", disse Simone Tebet.

Integrantes do governo Lula têm se articulado pelas reeleições dos dois presidentes das casas legislativas, por onde passará a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária.

Os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado serão retomados na quarta. A mudança na estrutura de impostos e o novo arcabouço fiscal (regra que substituirá o teto de gastos) serão as duas pautas prioritárias do governo Lula no Legislativo.