Gabigol se afastou de elenco do Cruzeiro, mas contrato dificulta saída

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Gabigol está mais perto de sair do Cruzeiro após perder o pênalti decisivo na semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians, no último domingo. O UOL apurou que o atacante deixou o estádio sozinho, separado do restante do grupo após a derrota, em um movimento que sinaliza um crescente distanciamento entre ele e líderes do elenco.

A chegada de Tite, com quem o atacante nunca teve boa relação, é mais um fator que aponta para a sua saída, nesta sexta-feira (19) desejo tanto dele quanto do clube. Os altos salários, contudo, dificultam possíveis negociações.

INSATISFAÇÃO COM O BANCO E DISTANCIAMENTO

Depois de deixar a Neo Química Arena sozinho, e com a entrada dos jogadores no período de férias, Gabigol permaneceu em São Paulo, perto da família.

Pessoas envolvidas no dia a dia do Cruzeiro dizem que o comportamento depois da eliminação é o último sinal de que o centroavante se distanciou dos companheiros e já tinha começado a refletir sobre o próprio futuro.

A falta de oportunidades como titular pesava nos bastidores. Gabriel sempre deixou claro a Leonardo Jardim que queria iniciar mais partidas, porém, a concorrência era fortíssima com Kaio Jorge, artilheiro do Brasileirão.

As fontes ouvidas pelo UOL ressaltaram que embora sempre tenha deixado claro a sua vontade de jogar mais e a insatisfação com a reserva, Gabigol sempre se comportou de forma respeitosa e profissional com comissão e companheiros.

VAI SAIR?

O Cruzeiro não se opõe a saída de Gabigol, já que abriria espaço importante na folha salarial. O atacante, por sua vez, está tranquilo, com contrato até 2028 e um dos maiores vencimentos do futebol brasileiro.

O Santos se apresentou como principal interessado e chegou a abrir negociações, como antecipou o UOL. Porém, as conversas estão travadas no momento.

O principal empecilho é justamente o salário. O Peixe não consegue manter aquilo que Gabigol recebe de maneira integral e tenta costurar um acordo.

A multa também pode complicar o negócio, embora não tenha a mesma intensidade dos salários. Os valores ultrapassam os R$ 600 milhões para clubes brasileiros, mas o UOL apurou que a liberação sem custos é uma possibilidade.