Zagueiro ex-Botafogo minimiza críticas de Textor
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Lucas Halter viveu o momento mais conturbado da carreira em 2024, quando vestiu a camisa do Botafogo. A passagem foi repleta de críticas, da torcida e até mesmo de John Textor, dono da SAF Alvinegra. nesta quinta-feira (25), o assunto é página virada.
O zagueiro explicou que acabou levando a culpa por momentos ruins do time na temporada. Ele ressaltou, contudo, que seu mental continuou forte nos bastidores.
"Quando as coisas estão dando certo, 10 mil maravilhas, quando não está dando certo, sempre tem os culpados, tem os vilões. Mas em relação a isso eu tenho a cabeça muito tranquila, sabe? As cobranças sempre vão existir. A gente tem que estar preparado. Mental tem que estar forte, ainda mais num clube grande também. É que fica marcado o pessoal. E é normal, né? A gente entende também", disse ao UOL.
O atrito com Textor aconteceu após a derrota para o Junior Barranquilla, na estreia da Libertadores. Na ocasião, Halter foi criticado internamente pela postura dentro de campo. O fator minou a confiança do atleta.
"Apesar disso, ele não guarda mágoas do ocorrido. O zagueiro explicou que esse é o "jeito" do dono da SAF do Botafogo.
É o jeito dele (Textor) de lidar com as situações. A gente não leva nada para o lado pessoal, todo mundo quer ganhar, todo mundo é competitivo. A gente sempre quer ver o clube que a gente defende no topo. Então, em relação a isso, é tranquilo", disse Lucas Halter.
VOLTA POR CIMA NO VITÓRIA
A pedido de Thiago Carpini, o defensor chegou ao Leão da Barra no início deste ano. Foi com Jair Ventura, contudo, que ele atingiu seu melhor nível.
Halter marcou quatro gols desde a chegada do comandante, incluindo dois fundamentais na luta contra o rebaixamento, em partidas diante de Internacional e Mirassol. A volta por cima foi como uma coroação para o jogador.
"Desde quando eu cheguei no Vitória, eu já vi que a torcida era diferente. Eles abraçam os jogadores independentemente da situação. A gente teve jogos desastrosos esse ano e a torcida no próximo jogo em casa lotava o Barradão e não vaiava, só apoiava. E nesse final foi lindo, lotaram o Barradão nos dois jogos, era o nosso décimo segundo jogador. O Barradão chega a tremer, tem vídeo. Isso aí é coisa de maluco. Então, eles tiveram um papel fundamental também na nossa retomada de final de campeonato", contou.
Durante a passagem, o zagueiro ainda teve mais um imbróglio com o Botafogo. Lucas Halter está emprestado ao Vitória e, por isso, o clube baiano teve que pagar R$ 500 mil ao Alvinegro para contar com o jogador na partida entre as duas equipes.
"Eu achei que eu não ia jogar, me pegou de surpresa. Eu defendo a camisa que eu estou vestindo. Então, eu só entrei em campo e tentei ajudar ao máximo a equipe que eu estou defendendo, que era o Vitória. Mas foi estranho entrar em campo, ver todo mundo, todos os companheiros. E eu fiquei feliz com isso de todo mundo do Vitória acreditar em mim, de colocar para jogar mesmo tendo que pagar um valor muito alto", disse Lucas Halter.
O duelo em questão terminou em um 0 a 0, empate que acabou sendo valioso para o clube baiano. A equipe de Jair Ventura, Halter e companhia escapou do rebaixamento por um ponto.
O jogador ainda não tem situação definida no Vitória. O UOL apurou que o desejo é pela permanência, mas que alguns clubes da Série A já realizaram sondagens por Halter. Um retorno ao Botafogo está praticamente descartado.
