CBDA mira 'mudança significativa' em 2027 após acesso a recursos públicos

Por ALEXANDRE ARAUJO

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Diego Albuquerque projetou "mudanças significativas" a partir de 2027. Ele celebrou o fato de, em agosto, a entidade ter conseguido a regularização que permite, novamente, acesso a recursos públicos e acredita que, a partir do ano que vem, poderá dar "maior apoio e suporte" aos atletas e em 2027 haverá um salto.

Desta forma, a confederação pode receber, por exemplo, recursos da Lei Angelo/Piva, das Loterias. Em nota divulgada à época, a gestão citou "inadimplências herdadas de gestões anteriores".

"Foi um ano importante para a organização da entidade, e isso naturalmente tem um impacto direto na parte esportiva. Claro que, primeiramente, é o organizacional. Conseguimos ter mais autonomia e ficarmos livre para conquistar novos patrocinadores. Então, 2026 promete uma alavancagem estrutural na confederação e isso reflete na melhor execução possível do plano esportivo", disse.

Já em 2026 vamos conseguir dar um apoio maior e suporte maior para nossos atletas, com projetos técnicos, por causa dessa liberdade maior em organização. Mas a intenção é uma mudança significativa em 2027. Em 2026 a gente começa a colher esses frutos e em 2027, que é um ano de Jogos Pan-Americanos importantíssimos para a gente, vamos ter realmente uma mudança significativa no esporte.

No Mundial de natação realizado em agosto, em Singapura, o Brasil teve a pior participação em 20 anos. Foi a terceira edição consecutiva em que o país não chegou ao pódio, e, desta vez, disputou apenas duas finais ?ambas com Guilherme Caribé.

"A gente vem de um Mundial em que não tivemos um resultado tão positivo, não saiu medalha, mas, querendo ou não, nos mantivemos ali, batemos na trave. E isso é do esporte. A natação mundial evoluiu demais, e o Brasil sempre foi uma referência. No esporte, não conseguimos prever com 100% de certeza, mas estamos muito conscientes de que temos grandes chances de voltar a medalhar em Los Angeles"

"Pensando em um trabalho sólido, não adianta querermos dar um passo maior do que a perna. Mas é fazer um trabalho sólido e os resultados vão aparecer. E não só na natação. Nas outras quatro modalidades também. Resultados expressivos vão vir a partir do próximo ano", apontou.

Por outro lado, nos Jogos Pan-Americanos Júnior, realizados em Assunção, no Paraguai, a natação brasileira encerrou a participação com 24 ouros, 12 pratas e 7 bronzes. Stephanie Balduccini foi, mais uma vez, a maior medalhista da modalidade, com oito ouros.

"Uma coisa importante é que estamos com uma base forte e, principalmente, monitorando essa base. Estamos avaliando, fazendo testes com eles constantemente e, por isso, tivemos um bom resultado no Pan Júnior, por exemplo. Não só por isso, mas também por isso os campeonatos de base, Mundial Júnior, da Juventude... Temos monitorado para manter o nível, e a ascensão é notória", projetou.