'Trajetória positiva', diz Rubio ao descrever relação de Trump e Lula
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou hoje que a relação entre os presidentes Donald Trump e Lula estão em uma "trajetória positiva".
EUA e Brasil avançaram em alguns pontos, disse Rubio. O comércio foi um dos tópicos citado pelo secretário americano. "Mas ainda há trabalho a ser feito", afirmou. A declaração foi feita durante entrevista coletiva hoje, em Washington D.C.
Trump e Lula se deram bem, segundo o secretário de Estado. "Achamos isso importante", destacou. Rubio continuou a fala lembrando que falou com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, no início desta semana. "Temos muitos temas em comum com o Brasil nos quais gostaríamos de trabalhar juntos", disse.
Os dois países tiveram divergências em alguns temas ao longo dos anos, lembrou Rubio. "Mas sinto que esse relacionamento está numa trajetória positiva", finalizou.
Lula diz que Trump é amigo e que problemas com EUA vão se resolver
Lula afirmou no dia 18 de dezembro que virou amigo do presidente dos Estados Unidos. O petista ainda garantiu que os problemas com o americano irão se resolver. Durante um café com jornalistas, o presidente destacou que mantém diálogo com Trump.
"Todos vocês pensaram que eu iria entrar em guerra com Trump, o Trump virou meu amigo. Com um pouco de conversa, dois homens de 80 anos de idade não têm por que brigar. Nós estamos conversando direitinho e pode ficar certo que tudo vai se acertar sem nenhum tiro, sem nenhuma arma, sem nenhuma bomba, sem nenhum navio bloqueando a costa brasileira", disse Lula.
Expectativa é que Trump retire as tarifas americanas de 40% sobre produtos brasileiro. Após entrega de propostas do Brasil aos EUA e avanços em negociações bilaterais, os americanos querem novo acordo comercial.
Há otimismo de que um encontro entre Lula e Trump deve acontecer em breve, marcando uma nova fase nas relações bilaterais. Mariana Sanches, correspondente do UOL em Washington explica que a expectativa do lado brasileiro é que se chegue a um acordo e que, então, Trump e Lula se encontrem mais de uma vez.
"Dessa vez para, digamos assim, bater o pênalti para anunciar esse acordo comercial que os dois países chegaram. Isso deve acontecer ainda no primeiro trimestre do ano que vem. Então 2026, deve começar de um jeito muito diferente do que foi a relação bilateral dos dois países em 2025. A gente deve ter um cenário bem mais positivo pela frente no ano que vem", disse Mariana Sanches, correspondente do UOL em Washington.
