Hospital Casa de Caridade Leopoldinense é investigado por possível existência de associação criminosa existência de associação criminosa
Profissionais do corpo clínico e da administração são suspeitos de crimes que colocaram pacientes em risco e envolvem peculato, falsidade ideológica e manipulação de escalas médicas.
Na manhã desta quinta-feira (12), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou a Operação Onipresença, investigando uma possível associação criminosa formada por profissionais do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina.
A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, envolveu também a Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e a Promotoria da Saúde de Leopoldina.
A apuração constatou:
Plantões simultâneos em diferentes hospitais, com distância de 55 km entre Leopoldina e Além Paraíba, impossibilitando a presença efetiva dos profissionais em ambos os locais.
Realização de cirurgias eletivas durante plantões de urgência, incluindo anestesias realizadas de maneira simultânea ou sequencial.
Manipulação de escalas médicas para favorecer interesses dos envolvidos.
Falsificação de documentos médicos e ocultação de erros, com imputação de responsabilidades a terceiros aparentemente inocentes. Subtração de materiais cirúrgicos, prejudicando o atendimento.
Com base nas investigações, os envolvidos podem responder por:
- Peculato (desvio de recursos públicos),
- Falsidade ideológica,
- Exposição de pacientes a risco de vida ou saúde,
- Associação criminosa.
- Riscos aos Pacientes
A operação identificou que médicos investigados realizavam cirurgias e anestesias na rede suplementar (particular), mesmo quando estavam escalados para plantões do SUS, expondo pacientes a riscos concretos. Segundo o MPMG, essas condutas violaram protocolos de segurança e configuraram práticas ilegais, agravando a situação de pacientes em situações de urgência e emergência.