Justiça aumenta em quase 40 anos pena de pastor condenado por estuprar filhas em Engenheiro Caldas

Homem está preso desde 2024 por estupro de vulnerável contra outras duas crianças.

Por Redação

Pena total do pastor agora ultrapassa 128 anos de reclusão

A pena de um pastor evangélico, de 63 anos, condenado por estupro e atentado violento ao pudor contra as duas filhas e uma terceira criança que estava sob guarda foi aumentada em quase 40 anos após um recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A decisão, proferida em 24 de julho deste ano pela Justiça de Tarumirim, elevou a pena total de 58 anos para 97 anos, dois meses e 18 dias de reclusão.

A condenação se refere a crimes cometidos de forma contínua entre 2004 e 2009, no município de Engenheiro Caldas, localizado no Vale do Rio Doce. O promotor de Justiça Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro foi o responsável pelo recurso, que corrigiu a sentença inicial.

Detalhes do recurso e nova condenação
O MPMG argumentou que a primeira sentença não havia considerado a aplicação retroativa da Lei nº 12.015/2009, que trata de dignidade sexual, além de um erro na fixação da pena-base para os crimes de atentado violento ao pudor. A Justiça de Tarumirim acatou as teses do MPMG, resultando no aumento da pena.

A decisão judicial também manteve a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil para cada uma das três vítimas, totalizando R$ 150 mil.

Histórico criminal e pena total
O condenado está preso desde abril de 2024, após ser sentenciado a 31 anos e nove meses de reclusão por estupro de vulnerável contra outras duas crianças, de três e oito anos. Com a soma das duas condenações, a pena total do homem agora ultrapassa 128 anos de prisão.

O promotor Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro ressaltou a importância da decisão. “Essas condenações representam uma importante resposta do sistema de justiça no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e à impunidade, reafirmando o compromisso das autoridades com a proteção dos mais vulneráveis e com a segurança pública”, afirmou.

Confira matéria anterior sobre o caso no link.