Dengue: entenda a importância de cuidar das piscinas mesmo no outono

O período tem menor incidência de chuvas, mas é preciso manter a vigilância na manutenção. Juiz de Fora já mais tem mais de 4.700 casos confirmados da doença.

Por Redação

Piscina suja

Até esta sexta-feira (19), Juiz de Fora tem quase 6.700 casos prováveis de dengue (casos notificados, exceto os descartados), sendo 4.763 confirmados. Três mortes em decorrência da doença já foram confirmadas e outras oito estão em investigação.

E um dos locais onde o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika Chikungunya, pode se proliferar é em piscinas onde não há manutenção. Segundo o biólogo e professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Estácio, Bruno Conde, quando a piscina não está em uso, é essencial cobri-la para evitar o acúmulo de água.

“A manutenção periódica, o uso de larvicidas, clarificantes e o controle do pH são práticas fundamentais para garantir a qualidade da água da piscina". O professor alerta que, "quando a piscina não está em uso, é essencial cobri-la para evitar o acúmulo de água, que pode se tornar um potencial criadouro de mosquitos".

Mesmo agora que estamos no outono, período de menor incidência de chuvas, Bruno reforça que é crucial manter a vigilância, pois as piscinas continuam como um dos locais de potencial reprodução do mosquito quando não se faz a manutenção adequada.

"Nas áreas com água parada, como piscinas não utilizadas, o mosquito pode encontrar condições ideais para se reproduzir. Portanto, a prevenção deve ser contínua, independentemente da estação do ano", explicou.

Bruno completou:

"A reprodução do Aedes aegypti está diretamente relacionada à quantidade de chuva e ao calor, sendo o verão o período de maior disseminação. No entanto, o cuidado com as piscinas deve ser constante para reduzir a incidência desse mosquito em qualquer época do ano".