Quarta-feira, 02 de julho de 2008, atualizada ?s 15h58

Mesmo com corte no ponto, movimento dos funcion?rios dos Correios cresce. Manifesta??o re?ne 40% dos trabalhadores



Priscila Magalh?es
Rep?rter

Cerca de 70 funcion?rios dos Correios de Juiz de Fora participaram de uma manifesta??o na manh? desta quarta-feira, 02 de julho, em frente ? ag?ncia da rua Marechal Deodoro.

O movimento cresceu e o n?mero de mobilizados passou para 40% nesta quarta, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora, Josimar de Castro. Nesta ter?a, 1? de julho, 30% dos trabalhadores haviam aderido ? greve.

O movimento tamb?m cresceu em todo o Estado. Segundo o diretor dos Correios de Minas Gerais, Fernando Miranda, nesta ter?a foram 200 funcion?rios faltosos em Minas, n?mero que passou para cerca de 300 nesta quarta. Ele afirma que o ponto vai ser cortado. "A orienta??o ? para fazer a anota??o dos faltantes e isso j? est? acontecendo".

Sobre o corte, o presidente do Sindicato diz que isso s? poder? ser feito no fim da negocia??o. Ele est? otimista com o crescimento do movimento. "S?o 34 sindicatos em todo o pa?s e 27 j? est?o parados. Ainda faltam alguns para realizarem assembl?ias".

Ilustra??o: Laura Martins Ferreira. Foto ilustrativa de uma caixa de Correios com adesivos de greve Mesmo com a paralisa??o, o diretor dos Correios afirma que o trabalho n?o foi prejudicado no Estado. "Nenhuma correspond?ncia deixou de ser entregue". Por?m, os servi?os Sedex 10 e Sedex hoje n?o est?o sendo realizados. Os outros est?o acontecendo normalmente.

Miranda ainda classificou a greve como abusiva. "Falta sentimento de coletividade, pois a minoria quer impor sua vontade ? maioria". O diretor se refere ao Adicional de Atividades de Distribui??o e Coleta, que beneficia 78% dos carteiros. Para estes, o valor de R$ 260 pagos pela empresa ? maior que a quantia de 30% do sal?rio-base, referente ao Adicional de Risco, segundo ele.

Segundo Castro, o pagamento do adicional de risco foi acordado entre a diretoria dos Correios, a Federa??o dos Trabalhadores e o Minist?rio das Comunica?es em novembro de 2007. Pelo acordo, a empresa deveria pagar o adicional de risco a partir de mar?o deste ano. Assim, o sal?rio de R$ 603 seria acrescido de 30%.

"S? para 12% dos trabalhadores ? que R$ 260 ? um valor mais baixo do que o pleiteado pelo sindicato. Preferimos atender a maioria", coloca Miranda. Al?m disso, ele diz que a empresa est? atendendo os funcion?rios de forma mais ampla, j? que este valor tamb?m vai ser pago em forma de um adicional para os atendentes. "Na discuss?o anterior, n?o se falava disso".

Para Castro, o fato de a empresa ter substitu?do o adicional de risco pelo de distribui??o n?o significa apenas perda de sal?rio para alguns profissionais, mas tamb?m a perda de uma conquista dif?cil. "H? tempo v?nhamos lutando pelo adicional de periculosidade. Ele foi recusado pelo Governo, mas este acordo foi feito e o de risco seria pago com 30% do valor do sal?rio".