Em JF, 14% da zona urbana está em área de alto ou alt?ssimo risco

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Em JF, 14% da zona urbana est? em ?rea de alto ou alt?ssimo risco

Em JF, 14% da zona urbana está em área de alto ou altíssimo riscoÁreas estão espalhadas nas regiões Leste, Sul, Sudeste, Oeste e Norte, onde são necessárias intervenções imediatas

Victor Machado
*Colaboração
11/1/2012

As fortes chuvas que atingem Minas Gerais geram um alerta para a forma como é feita a ocupação nas cidades e, principalmente, para os desastres nas áreas consideradas de risco. Um estudo realizado pelo geólogo especialista em áreas de risco, Geraldo César Rocha, aponta que 14% da área urbana de Juiz de Fora possui alto e altíssimos níveis de riscos de desastres naturais. As áreas estão distribuídas nas regiões Leste, Sul, Sudeste, Oeste e Norte, onde já ocorrem escorregamentos e são necessárias intervenções imediatas.

Segundo o geólogo, na região central da cidade, são exemplos de bairros em situação de alto risco, Paineiras e Santa Helena. Nas regiões Sul e Sudeste, correm risco os bairros Dom Bosco, Aeroporto, Graminha, Santa Cecília, Vila Ideal, Bela Aurora e São Geraldo. Na mesma situação, mas nas regiões Leste e Oeste, são exemplos os bairros Linhares, Três Moinhos, Jóquei, Fábrica, Monte Castelo, São Pedro e Borboleta. Na Zona Norte, o alerta serve para Floresta e Represa. "Cerca de 80% do território urbano da cidade possui médio risco de desastres" (confira o mapa abaixo).

Para Rocha, é importante perceber que essas são regiões em que o risco de algum desastre é iminente. "São áreas onde já ocorrem problemas. Por exemplo, o Jardim de Alá é um local problemático e onde não há a preocupação dos órgãos públicos. Risco, todas as regiões têm, o problema é o grau dele." 

Ocupação aumenta ocorrências

O geólogo explica que a ocupação dessas regiões aumenta o grau dos desastres. "A chuva não é a principal culpada desses acontecimentos. A forma como são feitas as ocupações no país é que causa problemas. Temos muitas regiões que já são, geologicamente, propensas a deslizamentos e inundações. Com a ocupação, ela se torna ainda mais perigosa."

O estudo

Os riscos são divididos em naturais, como escorregamento e erosão, riscos tecnológicos e sociais. No estudo são considerados os riscos naturais. Para a realização dele, foi preciso mapear a litologia, que mostra os tipos e a distribuição das rochas, a intensidade de lineamentos, onde são localizadas as fraquezas das rochas, a declividade, o uso e a ocupação do solo. Com tais mapeamentos, os dados são cruzados no computador para se chegar ao mapa que aponta os níveis de risco de cada área.

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá