Casal de Ub? é acusado de fraude milionória aos cofres do estado

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Quinta-feira, 29 de janeiro de 2009, atualizada ?s 18h40

Casal de Ub? ? acusado de fraude milion?ria aos cofres do estado


Guilherme Ar?as
Rep?rter
Madalena Fernandes
Revis?o

Um casal de Ub? est? sendo investigado pela suspeita de fraudar em mais de R$ 1 milh?o o Instituto de Previd?ncia dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG). A Pol?cia Civil de Ub? e policiais da Delegacia Especializada em Combate ? Fraudes do Departamento de Investiga?es Patrimoniais de Belo Horizonte apontaram que o casal recebia pens?o de R$ 18 mil em nome de um parente de um dos acusados.

A beneficiada pela pens?o morreu em junho de 2008 e teria 103 anos se estivesse viva. Ela recebia o valor devido ? morte do marido, que era fiscal de rendas do estado. Por?m, mesmo ap?s a morte da senhora, o sobrinho de 51 anos, que era seu procurador, continuou a receber o benef?cio.

Para continuar recebendo a pens?o, a benefici?ria foi enterrada como indigente, tendo o sobrinho apresentado ao IPSEMG documentos falsos, tentando comprovar que sua tia ainda estaria viva. Como se n?o bastasse a ousadia, sabendo da presen?a da pol?cia, o casal foi at? um asilo e retirou de l? uma das senhoras para que pudessem apresent?-la como sendo a tia falecida.

Al?m da pens?o recebida ilegalmente, em agosto do ano passado os acusados ainda receberam um precat?rio de, aproximadamente, R$ 1 milh?o, valor que seria devido ? ?nica herdeira da falecida, que ? interditada judicialmente. Parte do valor recebido foi usado na compra de uma mans?o e um supermercado em nome dos investigados.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Defrauda?es e Estelionato de Ub?, ?ngela Fellet Rodrigues, como n?o foram flagrados na a??o, o casal vai responder, a princ?pio, em liberdade.

Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato, com a qualificadora de ter sido cometido em preju?zo ? entidade de assist?ncia social; apropria??o ind?bita, qualificada pelo fato de um dos investigados ser curador da benefici?ria; existindo, ainda, a possibilidade de envolvimento de outras pessoas com os fatos, o que configuraria o crime de quadrilha. O total das penas pode chegar at? 15 anos de reclus?o.