Empresário juiz-forano de 34 anos é sequestrado por engano e torturado

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Empresário juiz-forano é sequestrado por engano e torturado em Volta Redonda

Homem de 34 anos foi pego por quatro policiais militares na porta de casa, no bairro Barbosa Lage

Jorge Júnior
Repórter
6/6/2012

Um empresário de 34 anos foi sequestrado por engano por volta das 19h da última segunda-feira, 4 de junho, na porta de casa, no bairro Barbosa Lage, região Norte, por quatro homens armados e com algemas. O caso foi registrado pela 3ª Delegacia da Polícia Civil, às 20h, que acompanhou o crime, ficando em contato com os sequestradores e também com a família da vítima.

De acordo com a Polícia Militar (PM), um homem de 54 anos viu quando a vítima estava na via pública e foi atacada por quatro ocupantes de um veículo de cor prata. A PM acrescenta que o refém foi colocado no banco traseiro do automóvel e os bandidos deixaram o local acelerando o carro.

Em depoimento à Polícia Civil (PC), na manhã desta quarta-feira, dia 6, na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora, o homem confirmou que foi abordado por quatro homens armados que o algemaram e o levaram em um veículo. Ele disse, ainda, que teve os olhos vendados com uma toalha e que o grupo trocou de carro, após rodar com a vítima por horas.

Segundo relatos do investigador da PC, Rogério Marinho (foto abaixo, à esquerda), os policiais chegaram ao local 30 minutos após serem avisados. "Deslocamos uma equipe na manhã desta terça-feira [5 de junho], para a cidade de Volta Redonda (RJ), no Vale do Paraíba, para onde o homem teria sido levado pelos sequestradores."

Ainda segundo Marinho, a equipe da PC conversou com a família da vítima orientando-a nas negociações. "Os bandidos exigiram R$ 600 mil de resgate, depois R$ 500 mil, até que passaram para R$ 400 mil. Com isso, gravamos todas as ligações que aconteciam de uma em uma hora, para um telefone fixo da irmã do sequestrado. Além disso, os criminosos também chegaram a marcar um local para fazer o resgate do dinheiro", diz. As negociações da PC duraram cerca de 12 horas e os contatos com a família foram originados de um telefone com número confidencial.

Fugiu do cativeiro

Enquanto isso, a vítima conseguiu fugir do cativeiro, após parte dos autores – quatro policiais militares - saírem para trabalhar. De acordo com o advogado do empresário, Manoel Roberto Rosa (foto abaixo, à direita), o homem foi levado para o cativeiro às 4h30. "Ele foi amarrado e preso dentro de uma casa de dois quartos, em um local alto em Barra Mansa. Mas, como os policiais militares tinham que sair, ele ficou com um quinto indivíduo e, neste momento, ele deve ter cochilado, foi quando o homem conseguiu sair pela janela."

Além disso, Rosa comenta que o empresário avistou, debaixo da cama de onde ele estava, alguns coturnos. "Na tentativa de salvar a sua vida, ele pulou o muro do local atravessou a rua até que encontrou a porta de uma igreja aberta, onde ele pediu que alguém acionasse a polícia", explica.

Os textos são revisados por Mariana Benicá