Mesmo com fim da greve em JF, distribuição de correspondências na cidade continua prejudicada por greve no restante do pa?s

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Quarta-feira, 23 de setembro de 2009, atualizada às 12h32

Mesmo com fim da greve em JF, distribuição de correspondências na cidade continua prejudicada por movimento no restante do país

Clecius Campos
Repórter

A distribuição de objetos e correspondências vindos de outras partes do país continua prejudicada em Juiz de Fora, mesmo com o fim da greve dos funcionários dos Correios na cidade. De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, a situação só será totalmente normalizada quando os movimentos de paralisação tiverem fim em todo o país.

Os serviços de entrega com hora marcada Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque Coleta continuam suspensos em todo o território brasileiro. Em Juiz de Fora, a distribuição interna de correspondências volta a funcionar normalmente a partir desta quarta-feira, 23 de setembro. O fim da greve na cidade vai colaborar para que objetos não fiquem retidos no município. Em Minas, o movimento grevista segue na capital e em cidades da Grande BH, como Betim, Contagem e Ibirité.

Proposta não contempla reivindicações sindicais

De acordo com o presidente do Sindicato dos Correios, Josimar Castro, embora a proposta aceita represente ganho salarial que varia de 10% a 24%, dependendo do cargo, ela não contempla as reivindicações da categoria. Segundo o sindicalista, a intenção era a recomposição de 31% de perdas acumuladas desde 2004 e a fixação de piso salarial de três mínimos. "Hoje, o piso do funcionário dos Correios é de R$ 648. O reajuste que conseguimos representa aumento de 24% sobre o valor."

A proposta bianual, com retroação à data base fixada em agosto, oferece reajuste salarial linear de 9%. Mais R$ 100 serão incorporados à remuneração a partir de janeiro de 2010. Nos benefícios, houve aumento no valor do vale-alimentação de R$ 20 para R$ 21,5 por dia trabalhado, subindo para R$ 23 em agosto de 2010. A cesta básica passa de R$ 110 para R$ 120 e em agosto de 2010 sobe R$ 130. O vale-extra de fim de ano volta à carteira dos trabalhadores.

Às cláusulas sociais da nova convenção coletiva foi acrescido o direito das gestantes de receber parte dos adicionais à remuneração, mesmo quando afastadas dos serviços nas ruas e transferidas para outros setores. "Foi um pequeno avanço. Teremos que resolver ainda questões como as condições de trabalho dos funcionários, que chegam a pedir afastamento das funções por motivos de saúde, e a contratação imediata de mais trabalhadores, via concurso público."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes