Mesmo com fim da greve em JF, distribuição de correspondências na cidade continua prejudicada por greve no restante do pa?s
Mesmo com fim da greve em JF, distribuição de correspondências na cidade continua prejudicada por movimento no restante do país
Repórter
A distribuição de objetos e correspondências vindos de outras partes do país continua prejudicada em Juiz de Fora, mesmo com o fim da greve dos funcionários dos Correios na cidade. De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, a situação só será totalmente normalizada quando os movimentos de paralisação tiverem fim em todo o país.
Os serviços de entrega com hora marcada Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque Coleta continuam suspensos em todo o território brasileiro. Em Juiz de Fora, a distribuição interna de correspondências volta a funcionar normalmente a partir desta quarta-feira, 23 de setembro. O fim da greve na cidade vai colaborar para que objetos não fiquem retidos no município. Em Minas, o movimento grevista segue na capital e em cidades da Grande BH, como Betim, Contagem e Ibirité.
Proposta não contempla reivindicações sindicais
De acordo com o presidente do Sindicato dos Correios, Josimar Castro, embora a proposta aceita represente ganho salarial que varia de 10% a 24%, dependendo do cargo, ela não contempla as reivindicações da categoria. Segundo o sindicalista, a intenção era a recomposição de 31% de perdas acumuladas desde 2004 e a fixação de piso salarial de três mínimos. "Hoje, o piso do funcionário dos Correios é de R$ 648. O reajuste que conseguimos representa aumento de 24% sobre o valor."
A proposta bianual, com retroação à data base fixada em agosto, oferece reajuste salarial linear de 9%. Mais R$ 100 serão incorporados à remuneração a partir de janeiro de 2010. Nos benefícios, houve aumento no valor do vale-alimentação de R$ 20 para R$ 21,5 por dia trabalhado, subindo para R$ 23 em agosto de 2010. A cesta básica passa de R$ 110 para R$ 120 e em agosto de 2010 sobe R$ 130. O vale-extra de fim de ano volta à carteira dos trabalhadores.
Às cláusulas sociais da nova convenção coletiva foi acrescido o direito das gestantes de receber parte dos adicionais à remuneração, mesmo quando afastadas dos serviços nas ruas e transferidas para outros setores. "Foi um pequeno avanço. Teremos que resolver ainda questões como as condições de trabalho dos funcionários, que chegam a pedir afastamento das funções por motivos de saúde, e a contratação imediata de mais trabalhadores, via concurso público."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes