Limite de velocidade de 25 km/h motiva Sinttro a mover ação coletiva contra empresas de ?nibus

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Quarta-feira, 12 de maio de 2010, atualizada às 19h50

Limite de velocidade de 25 km/h motiva Sinttro a mover ação coletiva contra empresas de ônibus

Aline Furtado
Repórter

Uma semana depois de começar a valer a medida que determina o limite de velocidade de 25 Km/h no trecho da avenida Rio Branco, entre as avenidas Getúlio Vargas e Independência, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro) afirmou que pretende mover uma ação coletiva junto à Justiça do Trabalho contra as empresas de ônibus.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 12 de maio, após reunião entre representantes do Sinttro e da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra). De acordo com o vice-presidente do Sinttro, Paulo Avezani, a intenção é apresentar a ação já na próxima semana. "Como os motoristas estão cumprindo o que determina a medida, parte do acordo coletivo de trabalho está sendo descumprido, já que a redução da velocidade acarreta em atraso nas viagens, eliminando os 15 minutos de descanso, entre uma viagem e outra, nos pontos finais."

A proposta do Sinttro era suspender a medida por 30 dias. "É preciso traçar um levantamento minucioso." Entretanto, a Setttra negou a suspensão. Para Avezani, a decisão demonstra interesse político. "Não estão pensando na coletividade. Além disso, não há porque só os motoristas de ônibus serem alvo desta mudança. Isso sugere discriminação." Ele ressalta que, nas últimas semanas, 52 motoristas de apenas uma das empresas que operam na cidade foram multados por descumprimento de horário. "Além de ficarem sem o descanso, os motoristas estão pagando com o próprio bolso."

Segundo o secretário da Settra, Márcio Gomes Bastos, o objetivo da medida é reduzir o risco de acidentes na região central cidade. "O trecho da Rio Branco foi escolhido por ser o mais movimentado da avenida. Só a pista central é alvo da medida porque traz dois sentidos de circulação." Há previsão de reformulação do quadro de horários.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes