Vereador afirma desconhecer denências sobre seu envolvimento com a venda de receitas m?dicas

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Terça-feira, 6 de abril de 2010, atualizada às 17h10

Vereador afirma desconhecer denúncias sobre seu envolvimento com a venda de receitas médicas

Aline Furtado
Repórter

Diante das denúncias que apontam para a suposta venda de receituários médicos em seu consultório, o vereador de Juiz de Fora, José Tarcísio Furtado (PTC), informou não ter conhecimento sobre o caso. "Vou aguardar o ofício que será encaminhado pela Polícia Civil (PC) à Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) para prestar o depoimento. Depois disso, falo sobre este assunto."

O vereador, que é ginecologista, está sendo investigado há cerca de um ano devido a denúncias que apontam seu envolvimento com abortos, venda de receitas médicas azuis, usadas para a compra de medicamentos controlados, além da comercialização do abortivo Citotec.

Durante mandado de busca e apreensão realizado no consultório do vereador, no bairro Manoel Honório, na última segunda-feira, 5 de abril, policiais confirmaram a venda, inclusive pelo telefone, de receituários por valores entre R$ 10 e R$ 15. Na abordagem, foi constatada a venda do medicamento Citotec, comercializado por R$ 300, quatro comprimidos.

Três pessoas foram presas durante a ação, entre elas, a secretária do médico e a irmã dela, que comercializavam o produto, além do proprietário de uma farmácia, localizada na rua Batista de Oliveira, onde o medicamento era comprado. Encaminhados à delegacia, os três foram liberados após prestar depoimentos, mas deverão ser indiciados, posteriormente, por tráfico de drogas, já que se trata de um remédio de venda proibida. Durante os depoimentos, eles afirmaram que José Tarcísio não tem envolvimento com a venda dos medicamentos. Contudo, a secretária declarou não ter certeza sobre possíveis abortos realizados.

Durante a operação, a PC apreendeu formulários de receitas médicas e dois computadores. Segundo informações da assessoria de comunicação da PC, o inquérito segue sendo apurado pelo Grupo Tático Operacional de Família, devendo ser verificada a possível participação do vereador na venda do Citotec. Não há previsão de envio à CMJF do ofício, por meio do qual o vereador será intimado a depor.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes