Greve dos ?nibus eleva a procura por t?xis em até 70%

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Greve dos ?nibus eleva a procura por t?xis em at? 70%

Greve dos ônibus eleva a procura por táxis em até 70%

Pessoas chegaram a ficar mais de uma hora nos pontos de táxi esperando um veículo. Outras usaram a avenida Rio Branco como área de lazer

Andréa Moreira
Repórter
5/3/2013

A greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Juiz de Fora, que teve início à 0h desta terça-feira, 5 de março, mudou a rotina das pessoas que vivem na cidade e, até mesmo, daquelas que vêm de municípios vizinhos. Enquanto umas optaram por andar a pé, outras utilizaram outros meios de transporte, como bicicletas. Neste primeiro dia de greve, o serviço de táxi no município chegou a registrar um aumento de 70%, como afirma o presidente do Sindicado dos Taxistas, Aparecido Fagundes Gomes. "Desde o início da manhã desta terça-feira sentimos o crescimento na procura pelo serviço. Estamos com praticamente toda a frota na rua e não estamos dando conta da demanda."

Segundo Gomes, um dos maiores problemas enfrentados pelos taxistas é a falta de mobilidade nas ruas, problema que foi parcialmente solucionado com a autorização, após o meio-dia, da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) com relação à utilização da faixa central da avenida Rio Branco, até então, utilizada apenas pelos coletivos. "Depois de ouvir vários relatos dos companheiros, liguei para o secretário da Settra [Rodrigo Mata Tortoriello] e pedi para circularmos na faixa central para nos locomovermos mais rapidamente, o que foi prontamente aceito,” explica Gomes, ressaltando algumas medidas que os taxistas devem seguir. “Os carros devem seguir a direção dos ônibus e parar apenas nos pontos, evitando, assim, algum acidente."

Mesmo com essas medidas, as pessoas tiveram muita dificuldade para conseguir um táxi. É o caso da estudante Kênia de Souza Serpa. "Estou há mais de uma hora tentando encontrar um táxi para seguir até a UFJF. Passei por vários pontos, sem nenhum veículo e com grandes filas." A advogada Sueli Mendes Miranda, moradora do bairro Manoel Honório, também encontrou dificuldades para encontrar um táxi. "Tive que caminhar mais de dez minutos até conseguir encontrar um carro, pois em nenhum ponto tinha veículo disponível."

A aposentada Aparecida de Almeida, apesar de relatar que teve dificuldade em conseguir um táxi, destaca que apoia a greve dos motoristas e cobradores. "Sou moradora do Santa Efigênia e demorei para encontrar um carro para seguir até o Centro. Mesmo assim, acho que os grevistas estão certos, pois eles têm que lutar pelos direitos."

A moradora de Goianá, Renata de Jesus Júlio, foi pega de surpresa pela greve, juntamente com seu marido e as duas filhas. "Só quando chegamos à rodoviária que fomos informados sobre a greve. Uma vizinha que veio junto conosco no ônibus, nem quis seguir até o Centro. Da rodoviária retornou à Goianá."

Prefeitura de Juiz de Fora, nada impede que as pessoas utilizem a pista central, porém a orientação é que elas redobrem a cautela, afinal, a pista conta, provisoriamente, com circulação de táxis, além de ambulâncias e carros de polícia.