Parte do setor t?xtil de Juiz de Fora encerra a greve

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Parte do setor t?xtil de Juiz de Fora encerra a greve
Quarta-feira, 3 de outubro de 2012, atualizada às 18h30

Parte do setor têxtil de Juiz de Fora encerra a greve

Andréa Moreira
Repórter

O setor têxtil de Juiz de Fora é dividido nos segmentos de meias, de malhas e de fiação e tecelagem. Parte desta categoria está em greve deste o dia 19 de setembro, mas nesta quarta-feira, 3 de outubro, o setor de meias encerrou a greve após conseguir alguns benefícios da pauta de reivindicações.

Com isso, a classe assinou um acordo na última terça-feira, 2, no Ministério do Trabalho, que garantiu aos funcionários o piso salarial de R$ 700, além de reajuste de 8% para quem recebe acima do piso. Pagamento de parte dos dias parados, mediante reposição até o mês de janeiro, mantendo o máximo de dez horas de trabalho por dia, excluídos sábados, domingos e feriados. Também foi concedido o pagamento das diferenças relativas à aplicação das convenções coletivas de julho, agosto e setembro, podendo se estender até 7 de novembro; tíquete alimentação no valor mínimo de R$ 66; e estabilidade para os grevistas de pelo menos 30 dias.

De acordo com o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Oleg Abramov, "os setores de meias e malhas até há alguns anos caminhavam juntos. Já o segmento de tecelagem e fiação acatava a decisão dos outros. Mas agora cada um decide sozinho. Por isso, as negociações estão acontecendo separadamente."

O diretor da CUT destaca que os funcionários do setor de meias conseguiram ganhos históricos, resgatando assim a dignidade destes profissionais. "Conseguimos um piso salarial acima do salário mínimo, além de um direito que nunca eles tiveram, que foi o tíquete alimentação. Sem contar que tivemos o reconhecimento do nosso movimento grevista, o que reforça o respeito dos patrões por seus funcionários."

Outros setores

O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Juiz de Fora, juntamente com a CUT, volta à mesa de negociações nesta quarta-feira, 3, desta vez para tentar um acordo com o setor de malhas. Abramov ressalta que nenhum funcionário do setor de fiação e tecelagem entrou em greve, mas que caso este segmento não acate a decisão do sindicato uma greve poderá ser deflagrada. "Enquanto o setor de malhas não acatar as exigências do sindicato, iremos continuar o movimento. Já sobre o setor de fiação e tecelagem, esperamos que ele aceite nossas reivindicações, caso isso não acontecer, vamos mobilizar os empregados deste setor para entrar em greve." Até o fechamento desta nota, nenhuma decisão tinha sido definida pelo setor de malhas.

Os textos são revisados por Mariana Benicá