Sinttro e Astransp não entram em acordo e greve continua

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Sinttro e Astransp n?o entram em acordo e greve continua
Terça-feira, 12 de março de 2013, atualizada às 18h30

Sinttro e Astransp não entram em acordo e greve continua

Andréa Moreira
Repórter

O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro) resolveu, no início da noite desta terça-feira, 12 de março, permanecer em estado de greve, com 80% da frota de ônibus urbanos circulando em Juiz de Fora. A decisão, ratificada em assembleia, foi tomada após mais uma reunião entre o Sinttro e os diretores da Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp).

"O Tribunal Regional do Trabalho estipulou um índice de 10,63%. Nós realizamos um assembleia na manhã desta terça-feira e este índice foi aprovado, desde que seja pago em parcela única. O que foi rejeitado pelos diretores da Astransp durante reunião nesta tarde," afirma o presidente do Sinttro, Adilson Antônio Rezende.

Na reunião realizada no dia 7 de março, em Belo Horizonte, a Astransp ressaltou que o reajuste seria dividido em duas vezes. De imediato, os funcionários receberiam 6,63%, valor referente ao índice do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o restante, ou seja, mais 4%, a partir de agosto. Ainda de acordo com a assessoria da Astransp, na reunião desta terça-feira, em Juiz de Fora, os empresários afirmaram não ter condições de pagar um reajuste maior do que o estipulado e que também não têm condições de arcar com o aumento de uma só vez.

Para o presidente do Sinttro, essa justificativa é inviável. "Os empresários falaram na frente do Ministério do Trabalho que não têm condições de arcar com os salários dos trabalhadores. Agora eu pergunto: como estes empresários querem fazer uma prestação de serviço para a população de Juiz de Fora, se não podem arcar com os salários dos trabalhadores?"

A partir da reunião em Juiz de Fora, o Sinttro revelou que pretende reduzir o percentual de ônibus circulando pela cidade, dos 80% para 50%. Para isso, o sindicato irá entrar com um recurso junto ao Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais. Na manhã desta quarta-feira, 13, os sindicalistas estarão nas portas das garagens, informando as decisões da assembleia para os funcionários que não puderam comparecer.