Sexta-feira, 23 de agosto de 2019, atualizada às 12h40

Caso Matheus Goldoni: seguranças de boate são condenados

Da redação

Após quatro dias, chegou ao fim na manhã desta sexta-feira, 23 de agosto, o julgamento do Caso Matheus Goldoni, no Tribunal do Júri no Fórum Benjamin Colucci. Os reús Adelino Batista da Silva, Aroldo Brandão Júnior, seguranças que trabalham na boate na Estrada Engenheiro Gentil Forn, em que Matheus foi visto pela última vez em 2014, foram condenados por homicídio a 18 anos de reclusão, em regime fechado.

O gerente da casa, Fabrício Teixeira da Silva foi condenado a dois anos de detenção em regime aberto por homicídio culposo, convertidos em serviço comunitário. Segundo o juiz Paulo Tristão, ele está proibido de exercer a função de gerente operacional e segurança de casa noturna. Marco Aurélio de Oliveira, ex-segurança que trabalhava na boate, foi absolvido. Os seguranças podem recorrer .

Durante todos esses dias, o salão do fórum permaneceu lotado, com fila de espera do lado de fora, de pessoas que aguardam vagar espaço dentro do tribunal.

A princípio, o julgamento havia sido marcado para 9 de julho. Depois uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), baseada em uma cláusula processual, determinou o adiamento do júri popular para esta terça-feira, 20.

O caso

Os quatro réus do processo, Fabrício Teixeira da Silva, Adelino Batista da Silva, Aroldo Brandão Júnior e Marco Aurélio de Oliveira foram julgados por homicídio triplamente qualificado do jovem, ou seja, por asfixia por afogamento e por terem agido por motivo fútil, uma vez que a vítima, ao sair da casa noturna, teria tentado dar um soco em um dos acusados. Os envolvidos são o gerente operacional da boate, dois seguranças e um ex-segurança.

De acordo com a denúncia, a vítima estava no interior de uma boate no São Pedro quando se envolveu em uma briga com dois clientes e com os seguranças, sendo expulso da casa noturna. Na saída, a vítima tentou dar um soco no acusado e fugiu, mas ele foi perseguido por outros dois seguranças. Ainda segundo a denúncia, o ex-segurança da casa noturna, deu carona de moto a um dos denunciados. Eles alcançaram a vítima cerca de 250 metros da boate, perto de uma trilha que dá acesso a uma cachoeira.


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